sexta-feira, 6 de novembro de 2009

EJACULAÇÃO PRECOCE ATINGE UM EM CADA QUATRO HOMENS...

FONTE: oqueeutenho.uol.com.br

Um em cada quatro homens brasileiros vivencia a ejaculação precoce, quadro no qual o indivíduo ejacula rapidamente (entre 30 segundos e 1 minuto, em média), sem que seja possível estabelecer um controle voluntário. A EP, como é chamada, é responsável por 40% das queixas feitas nos consultórios de terapia sexual.
A maioria dos pacientes é formada por homens casados ou com parceira fixa, declara o médico Evandro Cunha, do Hospital Urológico de Brasília. “Usualmente, eles levam cerca de quatro anos após os primeiros sintomas para procurar um especialista”, diz.
“Os homens em geral demoram em procurar ajuda por varias razões, alguns acham que a ejaculação rápida é sinal de virilidade, outros têm vergonha e existem aqueles que desconhecem como poderia ser de outra forma, pois não costumam conversar sobre isso com os amigos, até por receio de serem motivo de brincadeiras. E há também os que ‘culpam’ a parceira ou ao estresse momentâneo”, pontua Liliana Seger, doutora em psicologia clínica e especializada em sexualidade. Muitos homens procuram ajuda somente quando a parceira indica uma insatisfação, diz Liliana.
CATEGORIAS.
Sem possibilidade de prevenção, essa alteração sexual – que afeta de maneira drástica a vida sexual e consequentemente a autoestima do homem – divide-se em duas categorias: a de origem primária, que pode ocorrer desde a primeira relação sexual na adolescência e é característica do indivíduo, porém passível de tratamento; e a de origem secundária, que é uma disfunção que pode ocorrer após o início de uma vida sexual normal, e que surge por algum motivo (trauma e estresse, por exemplo).
A secundária ainda pode ser dividida em outras duas formas: secundária situacional, ou seja, em algumas situações o indivíduo tem, em outras não – às vezes com uma parceira e não com outra, por exemplo – e a absoluta, que pode durar um longo período ou enquanto o problema físico ou emocional não for tratado.
CONTROLE DA ANSIEDADE.
Evandro Cunha esclarece que quadros de ansiedade e depressão também podem estar ligados à EP tanto de origem primária quanto secundária: “Caso o quadro se torne crônico, é essencial acompanhamento médico”. O tratamento em geral consiste na psicoterapia, podendo, de acordo com a resposta do paciente, ser complementada por medicamentos.
“Além disso, os tratamentos para EP inclui técnicas de terapia sexual de curta duração – em média 12 a 15 sessões – e exercícios para aprender a controlar a ejaculação e avaliar os aspectos geradores de ansiedade que estão presente nesses pacientes”, pontua Liliana, que lembra também que o problema não é complexo e nem excepcional.
“Homens que sofrem de EP não precisam ficar ainda mais ansiosos com esse tipo de diagnóstico: é algo que pode ocorrer com qualquer um, em qualquer momento da vida, tem tratamento e muitas vezes esse tratamento é rápido”, explica Liliana.

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