domingo, 1 de novembro de 2009

FÉ, RESSUREIÇÃO E VIDA...

FONTE: Noemi Flores (TRIBUNA DA BAHIA).

Fé, ressurreição

O dia de reverenciar os mortos, pessoas queridas que partiram desta vida, deixando muitas saudades no coração de seus familiares e amigos, se aproxima, 2 de novembro, e os cemitérios desde o início da semana começaram os preparativos e programação para que as pessoas possam reverenciar seus ente queridos com muita oração e meditação. O Cemitério Campo Santo, onde está erigido um dos monumentos mais belos e antigos, 144 anos, a Estátua da Fé, que adorna o Mausoléu da família do barão de Cajahyba, começou na segunda com a Semana da Evangelização, o da Quinta dos Lázaros fez pinturas das fachadas e o Jardim da Saudade encomendou pétalas de rosa para um helicóptero jogá-las sobre o cemitério.Ontem, no Campo Santo, as homenagens aos mortos foram muito emocionantes para as pessoas que acompanharam a programação, que tinha como tema “Senhor, não nos lamentamos porque o tiraste, agradecemos-te porque no-lo deste” (S. Ambrósio). Pela manhã na Capela Nossa Senhora da Piedade aconteceu a missa comunitária pelos sepultados e pelas almas esquecidas, seguida de Via Sacra das Almas. Já a tarde teve a hora santa e missa ao coração de Jesus, rezada pelo capelão Lázaro Muniz, com o apostolado da oração, encerrando com o concerto da Camerata Cordas da Bahia-TCA. O capelão do cemitério falou sobre o Dia de Finados, chamado pela igreja de Dia de Comemoração dos Fiéis Defuntos. Ele disse que “a saudade dos que já não estão entre nós é grande, assim como a lembrança de suas vidas e o dia de sua morte. Nossas lágrimas e a oração por todos os que já se encontram no céu manifestam nosso modo de viver a comunhão da Igreja”. Ele acrescentou ainda uma passagem da Bíblia “nem a morte nem a vida nos separarão do amor de Deus (Rm 8,35).O padre afirma ainda que “os que estão na terra e os que já contemplam Deus face a face se comunicam espiritualmente, intercedem, rezam e ajudam com orações os que ainda se encontram no purgatório”. E convoca a todos para participarem da programação “com renovada fé no Cristo, ressurreição e vida , convidamos todos, neste tempo de graça e testemunho da esperança, a celebrar conosco o Cristo Vivo a fazermos memória dos nossos entes queridos. Seja presença participativa nas atividades desta semana. Graça e Paz”.Hoje o tema é “Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, viverá”. (Jo 11,25). Tem missa comunitária devocional à nossa Senhora da Piedade (nome da igreja do Campo Santo), às 9h30 palestra sobre arte cemiterial- o sentido da vida nas obras de arte do Campo Santo por Francisco Sena, arquiteto e irmão da Santa Casa de Misericórdia, às 14h30 recitação do terço e louvor Mariano- Homens do terço e Grupos de Mãe Rainha.Na véspera do Dia de Finados, amanhã, o tema é “Festa para Todos os Santos; sede santo como vosso pai é santo. Às 8h tem a missa comunitária seguida do ofício das almas; 11h missa pelos sepultados na semana entre 26 a 31 deste mês e 15h louvor dos santos diante do Rei Jesus-Programa Ciranda da Fé. No dia em homenagem aos mortos a programação tem início às 6h30 com a celebração eucarística com o capelão do Cemitério do Campo Santo, padre Lázaro Silva Muniz, com a animação da comunidade Católica Shalon.
A ARTE NO CEMITÉRIO.
Um momento para meditação sobre a vida e a espiritualidade em uma das mais imponentes estátuas. Está lá no Cemitério do Campo Santo para ser vista por todos e é impossível observá-la sem sentir nada . Trata-se da Estátua da Fé que adorna o Mausoléu da família do barão de Cajahyba e quem a vê se emociona pelo sentimento que o artista tentou passar na sua arte. Uma figura de mulher, confeccionada em mármore de Carrara, tamanho natural, colocada sobre o jazigo, representando a Virtude da Fé. A mulher veste uma longa túnica e um manto, tem uma cabeça cingida de louros, o braço direito sobraçando uma cruz e o esquerdo apontando para o alto. A estátua do escultor Johann von Halbig, que segue o estilo neoclássico bávaro de Ludwig Schwanthaler (1802-1848), foi comprada pelo barão de Cajahyba, em Munique para o jazido de seu filho José Joaquim Francisco Gomes de Argolo, falecido na Baviera, em 1868, aos 20 anos. Adquirido pela família do negociante Abdala Gaid, o monumento foi doado, em 1973, ao governo do Estado.
D.Geraldo Majella celebra missa
O dia prossegue com a celebração eucarística pelo cardeal arcebispo de Salvador, dom Geraldo Majella, com o coral da paróquia de Santana. Às 11h oração interreligiosa com orientação da Equipe Pastoral da Esperança; 13h celebração eucarística celebrada pelo monsenhor José Edmilson de Macedo com animação da paróquia Nossa Senhora de Brotas, 15h celebração eucarística do cônego Juraci Gomes de Oliveira, animação da Fraternidade Javé Shamá e às 16h30 horas celebração eucarística por dom Gregório Paixão, bispo auxiliar da Arquidiocese de Salvador.No Cemitério da Quinta dos Lázaros as pinturas na fachada do cemitério tiveram início nesta semana como todos os anos acontece, de acordo com o administrador Manolo Dominguez. Ele acredita que o fluxo de pessoas neste ano talvez reduza, devido à data coincidir com o final de semana, transformando-se em um feriadão. “Mas para quem fica na cidade acho que o fluxo de visitação vai aumentar no domingo”, afirmou. E para as pessoas que têm familiares e amigos sepultados na Quinta dos Lázaros haverá missa durante todo o dia, encerrando às 16h. No Jardim da Saudade a administração já encomendou milhares de pétalas de rosas que serão jogadas no cemitério, às 11h, por um helicóptero para homenagear os mortos sepultados. Os 10 cemitérios municipais também passaram por reparos para o Dia de Finados, com capinação, pintura, e plantio de mudas, segundo o secretário Fábio Motta.

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