terça-feira, 10 de novembro de 2009

MP DEFENDE PRISÃO PREVENTIVA DE LÍDER DO MST NO PARÁ...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.

O Ministério Público do Pará manifestou-se favoravelmente à prisão preventiva do coordenador estadual do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), Charles Trocate. O juiz da Comarca de Curionópolis, Alexandre Hiroshi, deve se manifestar hoje a respeito.A prisão de Trocate foi pedida no sábado (7) pela Polícia Civil do Pará, sob a acusação de liderar a destruição de bens dentro das fazendas Maria Bonita, em Eldorado de Carajás, e Rio Vermelho, em Sapucaia, no sul do Pará, ambas de propriedade da Agropecuária Santa Bárbara, conglomerado do qual um dos donos é o grupo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas.A Agropecuária Santa Bárbara divulgou nota ontem acusando, novamente o MST, de destruir instalações na Fazenda Espírito Santo, em Xinguara (PA), e atirar contra um helicóptero. A Polícia Civil do Pará afirmou não ter conhecimento sobre o ocorrido.Segundo informação do Tribunal de Justiça do Estado, o juiz aguardava o parecer do MP sobre a prisão de Trocate para se manifestar. A previsão é de que isso ocorra hoje. A assessoria do Ministério Público informou que o parecer do promotor de Curionópolis, Luiz Gustavo Quadros, já foi apresentado e é favorável à prisão. Os argumentos não foram expostos. A Polícia Civil do Pará abriu inquérito na para apurar os culpados pela destruição nas fazendas Maria Bonita e Rio Vermelho. O MST nega que tenha participado da destruição e acusa os fazendeiros da região de promover a violência contra os sem-terra.
“milícias de latifundiários” - De acordo com o MST, milícias armadas, financiadas por latifundiários, atuam no Estado perseguindo trabalhadores. A Secretaria Estadual de Segurança Pública e a Delegacia de Conflitos Agrários (Deca) de Redenção (cidade ao sul do Pará), órgão da Polícia Civil, afirmam desconhecer a existência desses grupos.Pelo menos três sem-terra teriam sido feridos num confronto com seguranças da Fazenda Maria Bonita, do grupo do banqueiro Daniel Dantas, em Eldorado dos Carajás, no sul do Pará, no início da tarde de ontem.Segundo dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT), da janeiro a outubro deste ano, um trabalhador sem-terra foi assassinado e outros 17 foram baleados por seguranças e pistoleiros no sul do Pará. Nos últimos três anos, 17 trabalhadores foram assassinados no Estado.A CPT acusa policiais civis e da tropa de choque da Polícia Militar de agirem com truculência contra trabalhadores sem-terra na última sexta-feira (6), na Curva do S, em Eldorado dos Carajás (PA), mesmo local em que 19 sem-terra foram mortos pela polícia em abril de 1996.

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