FONTE: UOL Esporte, em São Paulo.
O Palmeiras retomou a liderança do Brasileiro, mas longe daquilo que Muricy Ramalho gostaria. O treinador conta que o time alviverde repetiu diante do Sport um grande defeito dos últimos jogos: a ansiedade. A pressa de querer definir a partida rapidamente faz com que o time ceda espaços para contragolpes rivais, argumenta Muricy.
Em jogadas rápidas no ataque, o Sport abriu 2 a 0 no primeiro tempo. O Palmeiras empatou a partida na segunda etapa."O que preocupa a gente é que temos percebido muita vontade. Todos querem demais esse título. Torcida, jogadores, diretoria, comissão técnica. É muita vontade. Mas isso às vezes prejudica. Não é fácil não. Tem que ter tranquilidade", declarou Muricy.O goleiro Marcos seguiu o raciocínio do treinador, mas não controlou palavras para expor seu descontentamento. O camisa 12 criticou a postura do time em campo nos 45 min iniciais, alegando que os jogadores avançaram desordenadamente no intuito de derrubar o rival com rapidez, expondo o Palmeiras aos contra-ataques."Tem que se defender bem para não sair perdendo. Fica difícil assim. A gente vacilou na parte defensiva. Não adianta só atacar, atacar...e não pensar lá atrás", declarou Marcos.
Marcos entende que bastou o Palmeiras se reorganizar na segunda etapa para o time igualar forças com o Sport. Revoltado, o experiente jogador comentou que uma equipe que almeja ser campeã não pode cometer esses erros tantas vezes. "Parecia um bando de índio atacando. Partimos que nem uns loucos para frente. Foi mesma coisa contra o Náutico, Avaí. Teríamos vencido a partida se tivéssemos cuidado da defesa no começo de jogo. Saio bem chateado", disse."Se jogarmos como jogamos no 1º tempo, não seremos campeões. Se jogarmos como no 2º, com mais alguns ajustes, podemos pensar em ser campeões", complementou.
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