domingo, 15 de novembro de 2009

VAI A JULGAMENTO ACUSADO DE COMANDAR ‘MASSACRE’...

FONTE: RADAR64.
Está previsto para esta segunda-feira (16), no Tribunal do Júri Desembargador Mário Albiani, um dos julgamentos mais aguardados da história de Eunápolis. Vai sentar no banco dos réus o empresário Joaldo de Assunção Borges, 33 anos, filho de uma família tradicional do município, e que é acusado de comandar o massacre de Euclides Ribeiro Nascimento, 20 anos.‘Batata’, como era mais conhecido, trabalhava no Motel Antártida, no centro da cidade, e foi assassinado com requintes de crueldade em janeiro de 2007. O corpo, que foi queimado pelo menos três vezes, só foi encontrado quatro meses depois em uma fazenda de Guaratinga, misturado a ossos de animais, para dificultar ainda mais a sua identificação.
A mulher de Euclides, Ides Cruz Almeida, 24, que o atraiu para a armadilha fatal, foi julgada em dezembro do ano passado e condenada a 19 anos de cadeia. Ela mantinha uma relação extraconjugal com Joaldo, que era seu patrão. No julgamento, o promotor João Alves Neto argumentou que Ides atraiu o marido para um destino previamente combinado, a morte, e a comparou a uma ‘Viúva Negra’, a aranha que devora o macho depois da cópula.Um mês antes, já tinham ido a julgamento outros quatro envolvidos no crime brutal: O pai de Ides, Paulo Gomes de Almeida, 59 anos, os irmãos dela, Israel, 22 anos, e Marcos, 24 anos, além de Darlan Pinto da Silva, 20 anos, que trabalhava na empresa de Joaldo. Todos foram condenados a penas que variam de 15 a 19 anos.O julgamento de Joaldo foi postergado por uma série de manobras dos seus advogados. Ele chegou a ser internado em um hospício, alegando que estava com problemas mentais. O julgamento de Joaldo seria realizado no dia 26 de outubro passado, mas o seu advogado apresentou um atestado médico, dizendo que estava com problemas de saúde e o júri foi adiado.As investigações conduzidas pelo delegado Moisés Damasceno, então chefe da Polícia Civil eunapolitana, apontaram que Ides teria convencido Joaldo e toda a sua família a eliminar o marido, porque ele poderia atrapalhar o romance que ela vinha mantendo com Joaldo, seu patrão.Nas investigações, Moisés Damasceno pediu a quebra de sigilo do MSN, comunicador instantâneo da Microsoft e de uma operadora de celular. Joaldo usava o site da companhia telefônica para enviar mensagens de texto para os celulares de familiares da vítima, com o objetivo de atrapalhar as investigações.
O julgamento de segunda-feira terá na acusação o promotor Dinalmari Mendonça, na defesa o advogado Jaílson Rocha Siqueira e na presidência o juiz Otaviano Andrade Sobrinho.

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