sábado, 28 de maio de 2011

TOME A DECISÃO DE VIVER BEM...

Envelhecer com saúde física e mental é sem dúvida um privilégio nos dias de hoje. Não me refiro à infinidade de tratamentos estéticos, vitaminas e cirurgias que até certo ponto e, sabidamente por tempo limitado, conseguem driblar as marcas visíveis deixadas por um tempo em que a preocupação com alimentação, com o vigor, a disposição e a força para trabalhar e sustentar a família eram mais importantes.


Chegar ao entendimento de que o cuidado com a aparência e com a saúde poderia ser feito sem prejuízo dos velhos conceitos e sentimento de culpa foi um passo moroso, mas muito importante para a melhoria da qualidade de vida das pessoas que hoje fazem parte da turma da terceira idade.


Transformar suas histórias de vida, de alegria e sofrimento, de ganhos e perdas e de esperanças e desilusões em motivação para viver situações novas, desenvolver novos projetos, assumir novas posturas, outrora impensáveis, mudou significativamente a visão estigmatizada da velhice.


Pude observar isso num trabalho que desenvolvi para implantação de alguns cursos numa Faculdade da Terceira Idade, na qual encontrei pessoas ávidas por interagir, compartilhar, evoluir e dividir a reflexão que fizeram sobre suas experiências (muitas vezes desprezadas em seus lares) e que poderiam contribuir para reverter situações nas quais ainda vemos a sociedade andar em círculos na busca de soluções.


Livre do sentimento de culpa e convicta do dever cumprido, esta parcela da população cada dia mais se disponibiliza para novas atividades e projetos.


Alguns podem pensar que estas pessoas se permitem a tal escolha, pois já construíram algum patrimônio, criaram seus filhos e etc.... O assunto de que trata o texto não põe em questionamento o que foi, é feito ou continua tendo que ser feito, mas, como pode ser feito, a partir da visão que cada um tem da sua vida, da vida dos que o rodeiam e de como vivê-la de modo a criar as condições necessárias para chegar o mais próximo possível do alcance de seus desejos pessoais.


Não há dúvidas de que a realização e a satisfação consigo mesmo tem muito a ver com a qualidade dos relacionamentos, do respeito à individualidade e com a manutenção de valores que ajudam na união familiar, que para ser perfeita, só mesmo estando alicerçada na Palavra.


Parecer bem por “fora”, pode ser uma condição forjada pelos recursos estéticos disponíveis; tranqüilizantes, antidepressivos, uso de roupa e jóias caras e outros gastos que não conseguem compensar o desconforto interno provocado pelo sentimento de baixa estima, menos valia ou de ser um “estorvo”.


Como ninguém consegue enganar a si e a todos o tempo todo, melhor que viver destes enganos é tomar a decisão que essa “galera de jovens senhores e senhoras” vem tomando e que, com certeza, serve de exemplo àqueles que morrem um pouco por dia se alimentando de mágoas e cobranças que os tornam candidatos de primeira a um câncer, um enfarto e, quando não, ao abandono, por desejarem a paga pela devoção, dedicação e amor, que só dá quem tem. Está na hora de mudar esse terrível conceito de que “o que velho espera é a morte”.


Dentro de cada um há muito para ser descoberto, redescoberto e colocado em prática, e a única coisa capaz de impedir que isso aconteça é uma alma doente, um coração vazio e um espírito atribulado cuja cura, só mesmo um verdadeiro encontro com Deus pode trazer. Contudo, querer esta cura e ter este encontro é uma decisão pessoal e intransferível que, portanto, só você pode tomar.

Pense nisso!

Nenhum comentário:

Postar um comentário