quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

REMÉDIOS PARA O SONO SÃO ARRISCADOS...

FONTE: *** TRIBUNA DA BAHIA.


Um estudo feito pela Universidade da Califórnia, em San Diego (EUA), constata que pessoas que tomam comprimidos para dormir, mesmo de vez em quando, têm um maior risco de óbito do que os não usuários. Essas pílulas para dormir são conhecidas como hipnóticos e incluem medicamentos como zolpidem, temazepam e difenidramina.

Para chegar aos resultados, foram analisados dados de um grande sistema de saúde da cidade de Pensilvânia, nos Estados Unidos. Os pesquisadores obtiveram os registros médicos de 10.529 pessoas que tomavam pílulas para o sono com receita médica e de 23.676 pacientes que nunca tomaram os comprimidos.

Durante uma média de dois anos e meio, a taxa de morte para aqueles que não usavam pílulas para dormir foi de 1,2%. Entre as pessoas que tomavam os comprimidos, a taxa de morte foi de 6,1%. Segundo o estudo, esse grupo também teve um risco 35% maior de câncer.

Os autores do estudo concluem que é possível haver essa relação entre o uso de hipnóticos e o maior risco de morte e câncer. Eles também acreditam, no entanto, que devem ser considerados outros fatores, como a ingestão de doses maiores que a recomendada e acompanhadas de outras substâncias, como o álcool, causando efeitos colaterais.

Dormir bem –
Quem enfrenta dificuldades para dormir já deve ter experimentado algumas recomendações bastante peculiares. Dentre elas, algumas crendices populares como tomar leite quente, escaldar os pés e, talvez a mais clássica de todas, contar carneirinhos. Mas será que essas práticas são eficazes no tratamento de distúrbios do sono ou seu efeito é apenas psicológico?

Segundo a terapeuta Eliane Walther, sugestões como as citadas acima não passariam de mitos e muitas carregam crenças de uma determinada época em suas origens, assim como expressam a influência de culturas em nosso comportamento. Por exemplo, os indianos acreditam que um corpo de leite quente com uma colher de manteiga clarificada assegura um sono tranquilo.

Porém, de acordo com Eliane, a resposta do método não passa de um mito construído pela sensação relaxante, mas que não teria poder para nos fazer dormir tão bem quanto quando éramos bebês e o leite materno na temperatura certa era nossa refeição preferida. A psicóloga diz que o escalda-pés partiria do mesmo princípio. “Ele possui apenas efeitos psicológicos”.

Quem já caiu em sono profundo após ter seus pés mergulhados em uma bacia com água quente não entende. O que pode explicar a situação é que, como fatores emocionais interferem diretamente na capacidade de pegar no sono, se o mito acalmar emocionalmente a pessoa, passa a ser uma solução porque o indivíduo o concede esse poder.

IMPORTÂNCIA DO REPOUSO.
Outro peso que as crendices carregam é o seu porta-voz. Se você não consegue dormir e quem lhe passa a recomendação é sua mãe, avó ou alguém que só com a voz e o olhar consegue passar segurança, o fato de se tratar de um mito vira detalhe.

Entre tantas as causas da insônia, um forte motivo que impede as pessoas de dormirem é a atividade cerebral intensa. Devido à correria de trabalho, o envolvimento com filhos e outras demandas do dia a dia, é comum que, na hora de dormir, a cabeça resista a se aquietar.


Nesse caso, recorre-se à contagem dos carneirinhos, que também seria um mito. “Essa é apenas uma forma de desviar os pensamentos. Em vez de a pessoa ficar pensando nos problemas profissionais ou financeiros, ela conta carneiros”, diz a especialista.

Segunda a psicóloga, entre as crendices populares, a única com valor real é a utilização de fitoterápicos. “O chá de camomila possui realmente o poder de acalmar e facilitar o relaxamento necessário para o sono”, afirma.

Apesar de essas práticas não serem consideradas eficazes, caso seu sono esteja fragilizado, vale a pena investir em tudo que possa criar circunstâncias agradáveis ao relaxamento, como regulação de temperatura, iluminação, silêncio e conforto.

Se o seu sono continuar não vindo, é importante investigar as causas com um especialista. Além de assegurar um número suficiente de horas para recarregar as energias, os distúrbios do sono também podem ser sintomas de doenças mais graves.


*** Do Minha Vida.

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