sábado, 24 de março de 2012

COM DIPLOMA, SEM ALIANÇA...

FONTE: *** TRIBUNA DA BAHIA.


Como se não bastasse a grande concorrência e a escassez de homens no mercado, um estudo acaba de revelar que ter um diploma pode significar permanecer solteira por mais tempo.

A pesquisa realizada recentemente pelo jornal Folha de S. Paulo a partir de dados do IBGE mostra que o número de mulheres descompromissadas com nível superior é 54% maior do que o de homens na mesma condição. Enquanto nos demais níveis de instrução essa diferença cai para cerca de 10%.

Esses resultados apontam para um cenário matrimonial mais complicado para aquelas que possuem alta escolaridade e não abrem mão do casamento, principalmente se elas desejam conquistar um cônjuge com o mesmo grau de instrução.

Os dados utilizados na pesquisa foram analisados pelos demógrafos Suzana Cavenaghi e José Eustáquio Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do IBGE. Eles concluíram que, no ensino superior, existe um total de 800 mil mulheres que estão solteiras, viúvas, separadas e que não vivem com um companheiro.

Grande parte desses resultados podem ser um forte reflexo das mudanças sociais pelas quais passamos nos últimos anos. Na década de 1980, a população adulta masculina com formação superior era 35% maior. Mas no final da década passada, as mulheres ultrapassaram os homens em 27%, mostrando que estão indo cada vez mais longe.

Os especialistas acreditam que essa reversão educacional está alterando os padrões sociais e nos fazendo rever os modelos tradicionais de casamento – onde era a mulher que costumava atar laços com um homem de instrução superior a dela. Alguns estudos nesse sentido nos mostram que a inversão do grau de escolaridade já é uma realidade no país – 52% das mulheres casadas e com formação superior vivem com um cônjuge menos instruído.

Esses dados vão além do papel e passam a influenciar diretamente os relacionamentos. Em uma sociedade em que as mulheres foram educadas para encontrar um marido que fosse mais velho, mais instruído e que ganhasse mais, os padrões estão prestes a mudar. Daqui em diante, pode ser preciso que as mulheres diminuam as exigências para poder encontrar um parceiro.

Na contramão, os homens também vão precisar deixar alguns conceitos de lado e passar a aceitar viver em uma relação em que o papel de principal provedor da casa pode ser ocupado pela mulher.


Mais uma vez, isso é apenas uma consequência de um contexto em que a mulher mais instruída ocupa cargos bem qualificados e, consequentemente, ganha autonomia e deixa de ocupar um papel submisso dentro de casa.

*** http://todaela.uol.com.br

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