quarta-feira, 20 de março de 2013

EMÍLIO SANTIAGO TROCOU CARREIRA DE DIREITO PELA MÚSICA, SAIBA MAIS...


FONTE: DE SÃO PAULO (www1.folha.uol.com.br).

  
Em 2013, Emílio Santiago completou 40 anos de carreira. Ele morreu nesta quarta-feira, aos 66 anos, no Rio de Janeiro.

Formado em Direito, por insistência de seus pais, o cantor lançou seu primeiro compacto em 1973, com as músicas "Transas de Amor" (Sebastião Tapajós e Marilena Amaral) e "Saravá Nega" (Odibar). Com a repercussão, abandonou a carreira acadêmica para se dedicar à música.

No mesmo período, deu seus primeiros passos na vida artística como "crooner" da orquestra formada pelo tecladista Ed Lincoln, cujo apelido era "O rei dos bailes".

Ainda em 1975, o intérprete lançou seu primeiro LP, "Emílio Santiago", produzido por Durval Ferreira. No álbum, Santiado gravou temas de autores consagrados como João Donato ("Bananeira", Jorge Ben ("Brother") e João Nogueira e Paulo César Pinheiro ("Batendo a Porta").

              

Elogiado pela crítica - Sérgio Cabral escreveu na época: "Finalmente um cantor que canta"-, lançou em 1976 o disco "Brasileiríssimas". No repertório, sambas consagrados como "Aquarela Brasileira" (Silas Oliveira), "O Mestre-Sala dos Mares"/"De Frente pro Crime"/"Kid Cavaquinho" (João Bosco e Aldir Blanc) e "Argumento" (Paulinho da Viola).

Versátil, ele também deu voz ao bolero "Dois Pra Lá, Dois Pra Cá" (Bosco e Blanc) e à romântica "A Lua e Eu" (Cassiano).

Em 1977, Santiago lançou o disco "Feito pra Ouvir", considerado um dos melhores de sua carreira, com produção de Roberto Santtana e Roberto Menescal, e arranjos de Laércio de Freitas e J.T. Meirelles.

No restante da década de 1970, manteve sua carreira em ascensão, lançando um disco por ano, interpretando canções de compositores como Chico Buarque, Roberto Carlos, Jorge Aragão, Gilberto Gil, Gonzaguinha, Ary Barroso, Tom Jobim, entre outros.

Nos anos 1980, ganhou o prêmio MPB Shell por duas vezes, em 1982, com "Pelo Amor de Deus" (Paulo Debétio e Paulinho Resende), e em 1985, com "Elis, Elis" (Estavan Natolo Júnior e Marcelo Simões).

A convite de Menescal e Heleno Oliveira, lançou em 1988 o disco "Aquarela Brasileira". Com o sucesso do álbum, o cantor decidiu fazer uma série "Aquarela Brasileira", lançando mais seis volumes até 1995, que somaram mais de 3 milhões de cópias vendidas.

Em 1990, Santiago conquistou um dos maiores sucessos de sua carreira com a música "Verdade Chinesa", de Gilson e Carlos Colla.

Muito associado a um repertório romântico, lançou em 1996 um disco com a maioria das canções em espanhol, como "Piensa em Mi" (Agustin Lara), "Drume Negrita" (Ernesto Grenet Wood) e "Estrellitas y Duendes" (Juan Luiz Guerra).

Neste álbum, o intérprete emplacou a música de maior sucesso de sua carreira, "Saigon", de Cláudio Cartier, Paulo César Feital e Carlão.

Em 2003, ele voltou a lançar outro álbum elogiado, "Emílio Santiago Interpreta João Donato", reencontrando o pianista e compositor, de quem ele gravara "Bananeira" no começo de sua trajetória artística.

Dois anos depois, lançou o disco ao vivo "O Melhor das Aquarelas", coletânea de sucessos da série gravada por ele nas décadas de 1980 e 1990.

Em 2010, lançou com "Só Danço Samba", primeiro disco de seu selo, o Santiago Music, homenageando outro músico importante para o início de sua carreira, Ed Lincoln. Ano passado, "Só Danço Samba" foi lançado em DVD e também trazia temas de Lincoln como "Nunca Mais", "Olhou pra Mim" e "Deix'isso pra Lá".

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