terça-feira, 28 de maio de 2013

UM EM CADA TRÊS BRASILEIROS DEIXOU DE FUMAR POR CONTA DE RESTRIÇÕES À PUBLICIDADE...


 FONTE: Estadão Conteúdo, CORREIO DA BAHIA.

Quando indagados se produtos do tabaco deveriam ter controle maior, 83,1% dos fumantes afirmam que sim.

Um em cada três brasileiros deixou de fumar entre 1989 e 2010, por medidas restritivas de propaganda no País - incluindo a adoção de avisos sobre os riscos de fumar nas embalagens. E a maioria da população é a favor de medidas ainda mais rigorosas. É o que revela uma pesquisa inédita feita com 1.800 entrevistados.
O trabalho, conduzido em Porto Alegre, Rio e São Paulo, mostra que 92,% dos não fumantes e 89,1% dos fumantes concordam que o governo deveria fazer mais para combater o vício. Quando indagados se produtos do tabaco deveriam ter controle maior, 83,1% dos fumantes afirmam que sim. “Os números deixam claro que a população é muito receptiva”, afirmou a coordenadora do estudo, Mary MacNally. Batizado de relatório da Política Internacional do Controle do Tabaco (ITC), o trabalho avaliou a opinião de 1.830 entrevistados.
A pesquisa, feita no ano passado e neste ano, é fruto de uma parceria entre Universidade de Waterloo, Canadá, Ministério da Saúde, Instituto Nacional de Câncer (Inca), Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad), Fundação do Câncer, Aliança de Controle do Tabagismo (ACTbr) e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Centro de Estudos sobre Tabaco e Saúde (Cetab).
O primeiro momento analisado foi em 2009. Em um segundo momento, foram analisadas respostas no fim de 2012 e neste ano. A pesquisa identificou também queda na percepção de propaganda de cigarro. Em 2009, 42,8% dos fumantes relatavam que o marketing do cigarro era frequente ou muito frequente. Na entrevista mais recente, esse número caiu para 22,6%. O mesmo fenômeno foi notado no grupo de não fumantes.

Sem logo.
Quase metade dos entrevistados afirmou ser favorável à adoção de uma embalagem “genérica” do cigarro: todos com a mesma cor, sem desenhos, logotipos. A secretária executiva da Comissão Nacional para Implementação da Convenção-Quadro para Controle do Tabaco, Tânia Cavalcante, comemora os dados, mas afirma que há muito a ser feito. “Ainda persiste a estratégia da promoção do produto em festa, com cartazes e luminosos. Festa não é local de venda”, afirma.

Ela observa ainda que no Brasil a exibição de pacotes de tabaco nos estabelecimentos comerciais continua a ser forte estratégia de marketing particularmente para jovens. Para reduzir a atratividade dos maços dos produtos de tabaco, o ideal seriam as embalagens genéricas.

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