domingo, 25 de agosto de 2013

DIVINO FAROL...

  Conta-se que um capitão, ainda bastante jovem, tinha acabado de se formar na Escola de Oficiais da Marinha e estava servindo num grande navio de guerra.

Sua frota estava fazendo exercícios num arquipélago, em meio a milhares de ilhas. Eles já estavam chegando ao final do dia, o tempo estava péssimo, com névoa densa e a visibilidade muito ruim.


Em certo momento, o vigia avisou ao comandante que havia uma luz piscando do lado direito. O comandante perguntou se a luz estava constante ou em movimento, e o vigia confirmou que a luz estava parada e num curso de colisão.


O comandante mandou uma mensagem para o suposto navio informando que ele estava numa rota de colisão e que seria necessário mudar seu curso em vinte graus, imediatamente.


Recebeu a seguinte mensagem: É melhor vocês mudarem seu percurso imediatamente.


O capitão pensou que a tripulação do outro navio não sabia quem ele era e transmitiu outra mensagem: Eu sou um capitão, por favor, mude seu percurso em vinte graus. Veio outra mensagem:


Eu sou marinheiro de segunda classe, senhor, e estou alertando que é preciso mudar o curso do seu navio, senhor.


O comandante ficou enfurecido e enviou sua mensagem final: Estou no comando da mais importante nau da frota. Não podemos manobrar tão rápido. Mude seu curso imediatamente. Isto é uma ordem!


Então, o comandante recebeu a mensagem final: Senhor, é impossível mudar nossa rota. Isto aqui é um farol. 
E eu, sou apenas o faroleiro.


             * * *


Ao longo da sua trajetória evolutiva, não foram poucas as vezes que homens, investidos de cargos importantes ou em posições de destaque, têm se deixado levar pela soberba e pela vaidade, a ponto de não perceber a realidade que os cerca.


A história registrou inúmeras dessas situações, mas a mais célebre foi a ocorrida com Jesus.


Quando o Mestre de Nazaré Se posicionou diante dos doutores da lei, dos poderosos, dos que se julgavam acima do bem e do mal, qual farol iluminando a noite escura dos corações, foi crucificado.


Aqueles homens não admitiam que um simples carpinteiro, sem títulos nem riquezas materiais pudesse lhes indicar o rumo que deveriam seguir para evitar o naufrágio na escuridão das próprias trevas.


Investidos dos poderes transitórios e das glórias terrenas, fecharam os olhos para a Grande Luz que veio à
Terra para iluminar consciências e perfumar corações.


Enceguecidos pelo brilho do ouro, desdenharam o maior tesouro já conferido à Humanidade.


Pseudossábios, iludidos pela prepotência do falso saber, desprezaram Aquele que foi e continua sendo o maior sábio de que se tem notícias.


Cegos pelo preconceito de raça, de casta e de religião, não aceitaram a orientação do Sublime Farol que veio a este mundo de misérias para conduzi-lo, como nau desorientada, ao porto seguro de um reinado diferente, que Ele próprio exemplificou.


E, não obstante todas as resistências oferecidas pelos poderosos daquele tempo e por alguns da atualidade, o Divino Farol continua orientando todos os que, cansados de se debater na noite escura dos sofrimentos e nas tempestades geradas pela ignorância, desejam chegar a um porto seguro.


E assim prosseguirá, até que todas as ovelhas do aprisco voltem ao Seu redil... Até o final dos tempos, conforme Ele mesmo afirmou.


                                  * * *


Jesus é estrela de primeira grandeza.


Fez-Se, na Terra, um humilde carpinteiro para Se achegar aos corações doridos daqueles que estavam dispostos a saciar a sede de esperança e seguir Seus passos luminosos.


E, embora desprezado por muitos, continua sendo o Divino Farol a indicar o caminho que conduz ao Pai, através dos Seus luminosos ensinamentos.



Redação do Momento Espírita.

"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier – Emmanuel.

Nenhum comentário:

Postar um comentário