segunda-feira, 26 de agosto de 2013

FRATURA PENIANA ACONTECE E PODE SER PERIGOSA. SAIBA COMO AGIR...

FONTE: Marianna Feiteiro (www.bolsademulher.com).

Socorro imediato é fundamental para evitar sequelas como disfunção erétil .


Atenção: Esta matéria contém teor sexual e é imprópria para menores de 18 anos.

Vocês estão lá, no bem-bom, e tudo está correndo dentro dos conformes. Você se anima um pouco mais, fica por cima dele e o ritmo aumenta. De repente, você ouve um estalo e um grito de dor agonizante vindo do companheiro, acompanhado da imediata perda da ereção. Procure não se desesperar e leve seu parceiro imediatamente ao pronto-socorro, pois ele acaba de sofrer uma fratura do pênis.

Ela não é lá muito comum, mas acontece e pode trazer danos ao desempenho sexual do homem, caso não seja tratada imediatamente. Na verdade, o termo “fratura” não é o mais adequado, já que não há osso no pênis. O nome foi popularizado justamente pelo ruído que muitos pacientes relatam na hora do incidente, que lembra o barulho de uma fratura. Mas o termo correto é ruptura peniana.

Segundo o urologista Dr. Geraldo de Faria, diretor da Sociedade Brasileira de Urologia, ela acontece quando o pênis, em ereção, é submetido a uma pressão axial (na ponta). Ele acaba dobrando, e suas estruturas são rompidas. “Os corpos cavernosos, que são a estrutura erétil do órgão, ou seja, responsáveis pela ereção, são envolvidos por uma capa resistente. Quando o pênis está em ereção total, essa capa fica no máximo da sua distensão e, portanto, mais fina. Qualquer tipo de trauma nessa circunstância promove uma ruptura dessa capa – ela rasga”, esclarece o especialista.

O acidente ocorre mais facilmente quando a mulher está por cima e tenta, em um movimento abrupto, introduzir o pênis na vagina. O órgão masculino acaba sendo comprimido contra o períneo (região entre a vulva e o ânus), provocando a ruptura. “Normalmente, sai muito sangue do corpo cavernoso, há um grande aumento do volume do pênis acompanhado de um hematoma, e a ereção acaba na hora”, descreve o urologista. Segundo ele, na posição contrária – com o homem por cima – é muito mais difícil de acontecer, já que ele controla melhor seus movimentos.

O homem que sofrer ruptura peniana deve dirigir-se imediatamente ao pronto-socorro para que seja submetido a uma avaliação e, na grande maioria das vezes, a uma cirurgia. “Em casos mais graves, pode haver o rompimento da uretra, que é o canal da urina, provocando retenção urinária”, alerta o especialista. A operação consiste na reconstituição da “capa” e da uretra, se for o caso.

O urologista explica que, se a conduta médica for correta, e o atendimento, imediato, os riscos de desenvolver uma disfunção erétil são muito pequenos. Caso contrário, o paciente pode acabar com alguma sequela, como fibrose, o que irá comprometer a ereção.

A recomendação é esperar, pelo menos, 30 dias para recomeçar a atividade sexual após a cirurgia, para garantir uma cicatrização adequada. “Quando o pênis está ereto, há uma pressão interna de sangue muito grande, o que pode ocasionar a ruptura dessa capa mais uma vez, caso a cicatrização não seja bem feita”, explica.

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