quinta-feira, 26 de setembro de 2013

SAIBA QUAIS SÃO AS 11 FRASES QUE ACABAM COM A AUTOESTIMA DAS CRIANÇAS...

FONTE: Raquel Paulino - especial para o iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.

           
Nos acertos e nos erros, a criança olha ao seu redor e vê as pessoas com quem sempre poderá contar: seus pais. Possibilitar a sensação de amparo e incentivar a seguir em frente é a melhor maneira de os adultos auxiliarem seus filhos a terem uma autoestima sólida e, consequentemente, uma postura confiante ao longo de todas as fases do amadurecimento.

Os benefícios da boa autoestima infantil são muitos. A psicóloga Katia de Paiva Accurso, especializada  em psicoterapia e psicodinâmica infantil pela Universidade Mackenzie, lista alguns: “As crianças desenvolvem-se plenamente, com alegria de viver, explorando o que encontrarem pelo caminho. Lidam melhor com as frustrações, que são inevitáveis em nossas vidas. Aprendem mais na escola, pois não temem demonstrar dificuldades e dúvidas. Se permitem ser criativas, já que não se prendem a modelos. Serão mais independentes, uma vez que sabem que são amadas pelos pais onde quer que estejam”.
A psicóloga clínica especializada em crianças pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Ana Paula Miessi concorda. “A autoestima consolidada na infância forma adolescentes mais tranquilos, que conseguem enxergar os dilemas típicos da idade com mais clareza e lidar melhor com eles”, diz.

O problema é quando a educação dada pelos pais, por autoritarismo ou por falta de conhecimento sobre o assunto, não ajuda as crianças a construírem uma base de confiança para a vida. Quando a criação é baseada em frases que diminuem os filhos ou os fazem se sentir inseguros na maior parte do tempo (confira na galeria de fotos acima), as chances de a adolescência e a vida adulta serem mais complicadas são bem maiores.

Veja quais são essas frases:

"Por que você não é igual ao seu irmão?" (Amigo, vizinho, Primo) - Cada criança é única e compará-la a outra promoverá ciúmes e rivalidade com quem poderia ser uma influência positiva.

"Você é terrível mesmo, não tem jeito!" - Essa frase é um reforço para comportamentos inadequados.

"Eu vou embora se você não parar com essa birra" - Sempre é melhor reforçar que a família tem regras que devem ser seguidas e que não serão quebradas por uma birra inadequada.

"Que feio você é por ter feito isso!" - O melhor é explicar por que algo não deve ser feito sem envolver a aparência física nisso.

"Se você fizer isso errado, vou contar para seu pai/sua mãe" -  Os pais devem agir em conjunto para o filho se sentir seguro e próximo dos dois.

"Você é muito mentiroso!" - Quando quiser saber se o que seu filho fala é verdade ou não, pergunte se vocês estão brincando de realidade ou de imaginação.

"Você só sabe mentir mesmo" -  Ouvir que é mentirosa pode fazer com que a criança sinta necessidade de se calar de uma vez por todas, encerrando a comunicação familiar.

"Que notas ruins, como você é burro" - Estudar junto com seu filho em casa, incluindo aulas de reforço nas atividades extracurriculares, pode ser uma boa maneira de ajudá-lo a melhorar as notas.

"Nota baixa de novo? Você é burro mesmo!" -  Explique que é importante se dedicar aos estudos e afirme que a criança pode fazer melhor no próximo bimestre.

"Você será sempre o bebê da mamãe/do papai" -  Essa frase passa a impressão de que a criança não terá a capacidade de ser adulta um dia.

"Deixe que eu faça, você está fazendo tudo errado!" - Pais podem intervir como companheiros de atividade, não como substitutos.
“Sem uma boa autoestima, podem surgir problemas nos relacionamentos, tanto de amizade quanto amorosos, compulsão por dinheiro, distúrbios alimentares, problemas com álcool e com drogas”, afirma Ana Paula. Katia complementa que “essa pessoa tende a ser mais introspectiva, insegura ou agir de maneira prepotente e arrogante, justamente para ocultar sua imensa insegurança. Autoestima rebaixada traz consigo angústia, tensão constante e dependência”.
Depois de muito ler em livros e na internet sobre o assunto e de trocar ideias com outras mães em grupos de discussão em redes sociais, a artesã Camilla Werner incorporou ao dia a dia de sua família várias atitudes para promover a autoestima dos filhos Theo, de nove anos, Eloah, de cinco, e Isabella, de três. “Evito adjetivos negativos, porque a criança acaba incorporando aquilo à sua personalidade”, exemplifica.
Ela segue direitinho as orientações psicológicas contemporâneas. “Prefiro focar nas atitudes, conversar. Claro que às vezes, na hora do nervoso, a gente não pensa e corre o risco de falar algo de que se arrependerá. Quando isso acontece, não tenho problema em chamá-los depois e explicar que me expressei mal porque estava nervosa. Que não tinha a intenção de criticá-los pessoalmente. Tento acertar o máximo possível, porque quero que eles sejam adultos completos e felizes.”

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