domingo, 22 de dezembro de 2013

HANDEBOL FEMININO QUEBRA TABU, TENTA OURO HISTÓRICO E LUGAR EM GRUPO SELETO...

FONTE: Do UOL, em São Paulo (esporte.uol.com.br).

      

A seleção brasileira feminina de handebol conseguiu no Mundial da Sérvia um resultado histórico, independente do que aconteça na final deste domingo, às 14h15 (de Brasília), contra as donas da casa, com acompanhamento em tempo real pelo UOL Esporte.

Além da evolução evidente da equipe, o Brasil quebrou um tabu que já durava 18 anos no Mundial. Desde 1995 uma seleção não-europeia não figurava entre as duas primeiras colocadas da competição. Na ocasião, a Coreia do Sul sagrou-se campeã com uma vitória em cima da Hungria.

O simples fato de chegar à decisão já coloca as comandadas do dinamarquês Morten Soubak em um seleto grupo de finalistas de mundiais nos esportes coletivos do país. Até hoje, somente vôlei e basquete alcançaram tal feito.

Em caso de uma medalha de ouro neste domingo, o grupo das mulheres que terão subido ao lugar mais alto do pódio se restringirá somente ao handebol e ao basquete, que, liderado por Hortência, foi campeão em 1994. O vôlei soma três vices-campeonatos.

"Chegar a este ponto foi muito importante para nós, mas ainda queremos mais. Queremos a medalha dourada e estamos muito perto disso. Acredito que a união e hegemonia do grupo fará a diferença na decisão", afirmou a capitã do time, Fabiana Diniz.

"Temos consciência da qualidade da Sérvia, e que estarão jogando em casa, mas isso pode se voltar até mesmo a nosso favor, pois elas têm a pressão de vencer", completou.

A decisão do Mundial coroa a evolução da equipe brasileira feminina nos últimos dez anos é evidente. No Mundial de 2003, o time foi apenas o 20º colocado na Croácia. Já na competição de 2011, foi o quinto. Nas Olimpíadas de Londres, em 2012, a seleção ainda conseguiu uma sexta colocação, seu melhor resultado da história.

O Brasil chega à decisão do Mundial como a única equipe sem derrotas na competição. Além disso, o time, que é apenas o 22º no ranking, ainda tem em seu histórico vitórias sobre grandes seleções como Hungria (3ª), Sérvia (7ª) e Holanda (16ª), além de dois triunfos contra a tricampeã olímpica Dinamarca. 

A meta quase foi 'antecipada' dois anos antes, no Mundial disputado em São Paulo. Uma derrota para a Espanha, nas quartas de final, mostrou que o time ainda não estava preparado para chegar tão longe. Assim como nos Jogos Olímpicos de Londres, quando terminou na sexta colocação, sendo derrotado, de novo, nas quartas - desta vez pela Noruega, que seria a a campeã naquele torneio. 

"Nova rica", a Confederação Brasileira firmou há cerca de dois anos um convênio com um time austríaco, o Hypo Nö, e levou oito das jogadoras que defendem a seleção para atuar no time europeu e em uma das melhores ligas do mundo. Tudo parte de um planejamento visando ao Mundial da Sérvia e os Jogos Olímpicos do Rio, em 2016. Mais recentemente, até Morten Soubak foi levado para a equipe austríaca, e agora dirige suas comandadas na seleção.

Um dos primeiros frutos colhidos, além dos bons resultados em 2011 e 2012, veio com uma premiação individual. Alexandra Nascimento, artilheira do time no Mundial neste ano (48 gols), foi eleita no ano passado a melhor jogadora de handebol do mundo, mesmo sem ter conquistado títulos importantes. Neste ano existe a possibilidade de ela conquistar o bicampeonato.

       

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