segunda-feira, 30 de junho de 2014

COQUELUCHE CRESCE 25% NA BAHIA...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.


Coqueluche,doença que pode levar à morte especialmente entre os recém-nascidos, cresce na Bahia. De acordo com dados da Secretaria Estadual da Saúde, Sesab, de janeiro a maio foram registrados 159 casos, um aumento de 25% em relação ao mesmo período do ano passado, com a confirmação de 127 registros.No final de 2013, segundo informações do órgão, foram totalizados 300 casos.
O município de Feira de  Santana é o mais afetado. Só no primeiro semestre foram registrado 70 casos, a maioria de crianças com até um ano de idade.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), há 50 milhões de casos de coqueluche todos os anos, com cerca de 300 mil mortes. É a quinta maior causa de óbitos em crianças abaixo de cinco anos de idade entre as doenças combatidas por vacinas.

Em relação à faixa etária, assim como em 2013, foram confirmados casos em todas as faixas etárias, mas os menores de 01 ano continuam sendo os mais atingidos,  entretanto, Jacy Andrade, médica infectologista e diretora do Serviço Especializado em Imunização e Infectologia (SEMI), faz um alerta para os  adolescentes e adultos que vem registrando um aumento na incidência, o que sugere que os mesmos sejam transmissores  da bactéria para o grupo infantil a exemplo das gestantes.

“Para evitar o crescimento da doença  a vacinação deve ser estendida também a adolescentes e adultos como forma de evitar o contágio em crianças que ainda não foram completamente imunizadas”,orienta a especialista.  Ela explica que a coqueluche é uma bactéria transmitida pelas vias respiratórias comprometendo  brônquios e pulmões e a depender dos casos pode levar o paciente a doenças mais graves, como a pneumonia, ou até mesmo à morte.  
A bactéria passa por  três fases:   a primeira é a catarral, depois a tosse e a fase final de recuperação.
Segundo Maria do Carmo, técnica responsável pelo grupo da  coqueluche da Sesab, um dos motivos para  o  recente avanço da doença  está no fato da população mais velha não saber direito se está ou não com a bactéria, mas  principalmente pela falta de vacinação  que atinja todas as faixas etárias. “ A vacina é disponibilizada até seis anos e onze meses, a partir dessa idade a rede pública não dispõe de vacinas”, explicou.
Sintomas.
A coqueluche ou pertussis é uma doença infecciosa aguda e transmissível, que compromete o aparelho respiratório (traqueia e brônquios). É causada pela bactéria Bordetella pertussis.
A doença evolui em três fases sucessivas. A fase catarral inicia-se com manifestações respiratórias e sintomas leves, que podem ser confundidos com uma gripe: febre, coriza, mal-estar e tosse seca. Em seguida, há acessos de tosse seca contínua.
Na fase aguda, os acessos de tosse são finalizados por inspiração forçada e prolongada, vômitos que provocam dificuldade de beber, comer e respirar.
Na convalescença, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum. Bebês menores de seis meses são os mais propensos a apresentar formas graves da doença, que podem causar desidratação, pneumonia, convulsões, lesão cerebral e levar à morte.
Transmissão.
Acontece principalmente pelo contato direto da pessoa doente com uma pessoa suscetível, não vacinada, através de gotículas de saliva expelidas por tosse, espirro ou ao falar.
Também pode ser transmitida pelo contato com objetos contaminados com secreções do doente. A coqueluche é especialmente transmissível na fase catarral e em locais com aglomeração de pessoas.
Prevenção.
Apenas os indivíduos que já tenham adquirido a doença ou recebido a vacina DTP (mínimo de três doses) não correm o risco de adquiri-la. Não existe característica individual que predisponha a doença, a não ser presença ou ausência de imunidade específica.
Graças aos programas de vacinação, a ocorrência de casos de coqueluche no Brasil (que já chegou a cerca de 36 mil casos notificados por ano entre 1981 e 1991) vem sendo reduzida.

Contágio e tratamento.
A bactéria responsável por transmitir a doença só afeta humanos e se chama  Bordetella pertussis. Ela produz uma toxina que entra na corrente sanguínea e causa as tosses típicas da doença - intensas, que duram por mais de duas semanas e podem causar vômitos depois. Mesmo após meses, os ataques de tosse ainda podem persistir.
Uma das sequelas da doença são os quadros de  pneumonia que  podem dificultar a respiração das crianças.
Os primeiros sintomas surgem entre 1 até 3 semanas após o contato inicial com a bactéria causadora da doença. O tratamento é feito a base de  antibióticos.
Imunização.
A vacina de imunização  prevê três doses da tríplice, aplicadas aos dois, quatro e seis meses de idade.

Doses extras de reforço ao calendário infantil são recomendadas aos 15 meses de idade e no período escolar (entre 4 e 6 anos).

Nenhum comentário:

Postar um comentário