segunda-feira, 21 de julho de 2014

MÉDICOS BAIXAM ÍNDICE DE GLICOSE PARA EVITAR DOENÇAS EM PRÉ-DIABÉTICOS...

FONTE: iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.

Parece exagero o valor de referência do pré-diabetes cair, dentro de 15 anos, de 140 para 99. Mas não é. Estudos mostraram que o organismo já começa a ser lesado quando a glicose em jejum passa de 99 e o resultado da hemoglobina glicada, hoje considerado o teste mais fidedigno do diabetes, vai além de 5,7%. O sofrimento dos tecidos é silencioso, mas os rins já começam a ter alterações e elevam-se os riscos de problemas nos microvasos da retina, o que pode levar à perda de visão total.

Como forma de prevenção e não por "terrorismo médico", os valores de referência baixaram. O endocrinologista do Hospital Villa-Lobos Vinicius Eduardo D’Andrea explica que esses valores servem para nortear um tratamento e estipular o ponto de corte para começar os cuidados. Segundo ele, o estudo UPKDS, feito na Grã-Bretanha durante 20 anos, mostrou o surgimento de doenças em quem apresentava glicose a partir de 99 - o que na época não era considerado pré-diabetes - e norteou a decisão de baixar esses valores de referência. 

Muita calma nessa hora.
Apesar do perigo, quem recebe a notícia de que está com pré-diabetes não precisa se desesperar. Nessa fase, felizmente, não é preciso usar medicamentos, apenas mudar os hábitos de vida. O recomendável é trocar carboidratos simples por integrais (eles retardam a absorção de açúcar no organismo), fazer exercícios físicos e, em casos de sobrepeso ou obesidade, emagrecer.


No Brasil, mais da metade da população está em sobrepeso (IMC de 25 a 30) ou obesa (IMC superior a 30), o que leva a um aumento da doença, explica Airton Goldbert, endocrinologista membro da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Por isso, mesmo que o diabetes esteja sendo diagnosticado precocemente, os casos não param de crescer.

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