sexta-feira, 29 de agosto de 2014

CÂNCER DE TIREOIDE AUMENTA NO BRASIL MAS A MORTALIDADE ESTÁ DIMINUINDO...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.

Nos Estados Unidos, 3% de todos os cânceres que atingem a população feminina estão relacionados à tireoide. 


No Brasil, dados da Sbem (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia) revelam que a incidência do câncer de tireoide aumentou em 10% nos últimos anos, mas sua mortalidade diminuiu. 
O diagnóstico precoce tem ajudado muito a diferenciar nódulos e tumores, sendo que, na maioria dos casos, o diagnóstico de câncer é descartado.
“Em 97% dos casos, a presença de um nódulo na tireoide não significa que a pessoa esteja com câncer. Para os outros 3%, é importante salientar que esse tipo de câncer costuma apresentar ótima evolução. Mesmo assim, pacientes com história de irradiação prévia na região do pescoço ou com histórico de doença tumoral tireoidiana na família deverão ser submetidas a uma pesquisa clínico-laboratorial e exames de imagem mais minuciosos”, diz Osmar Saito, médico radiologista do Centro de Diagnósticos Brasil (CDB), em São Paulo.
Sentir um cansaço intenso e sem motivo aparente, dificuldade de concentração, se esquecer de tarefas simples, notar que o cabelo ficou mais ralo, as unhas quebradiças e a pele mais seca, e ganhar peso mesmo quando a alimentação está sob controle, são alguns dos sintomas de hipotireoidismo, uma insuficiência na produção dos hormônios T3 e T4.
Mais comum em mulheres do que em homens, os distúrbios da tireoide geralmente surgem a partir dos 30 ou 40 anos.
Quanto mais cedo for feito o diagnóstico, melhor a qualidade de vida dos pacientes.
A doença pode ser diagnosticada por um simples exame de sangue em que são realizadas as dosagens dos hormônios tireoidianos T3 e T4, além do TSH – hormônio produzido pela hipófise e que estimula a tireoide a produzir seus hormônios.
Também poderá ser solicitada a dosagem de autoanticorpos. Entretanto, quando o médico clínico ou o endocrinologista suspeitar da presença de nódulos, poderá solicitar exames complementares, como ultrassonografia, cintilografia ou mesmo uma biópsia.
“O sucesso do médico que realiza a ultrassonografia da tireoide está na realização desse procedimento com equipamento sensível e transdutor de frequência apropriada. Também é fundamental ter plena consciência da história clínica da paciente e do que procurar durante o exame”, diz Saito.
O médico alerta que utilizar a técnica corretamente, produzir boa documentação fotográfica e descrever as alterações significativas no corpo do laudo (principalmente os critérios necessários para análise do risco do nódulo tireoidiano), são passos que certamente beneficiarão a paciente e atenderão as expectativas do médico que solicitou o exame”, diz Saito.
Como o Brasil é um país de proporções continentais, nem todos os centros diagnósticos espalhados em território nacional contam com equipamentos de ponta e operadores bem treinados.

Na opinião do radiologista, há casos em que é preferível se concentrar nas características apresentadas pelo ultrassom para tentar selecionar os nódulos com risco aumentado para câncer.

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