FONTE: iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.
A
relação entre fast food e obesidade infantil não é nenhuma novidade. Um estudo
da Universidade de Ohio revelou, porém, que os prejuízos desses alimentos não
atingem apenas o físico e a saúde nutritiva das crianças. De acordo com a
pesquisa, quanto maior o consumo de fast food, menor o desenvolvimento
educacional e pedagógico dos pequenos.
A
análise levou em conta crianças matriculadas entre a 5ª e 8ª série do Ensino
Fundamental, quando são lecionadas disciplinas como matemática, ciências e
redação, nos Estados Unidos. Elas tiveram que responder questões sobre a
frequência com quem se alimentaram de fast food semanalmente, independentemente
de estarem em “semana de prova” ou não.
Ao
cruzar essas informações com o histórico escolar dos entrevistados, os
pesquisadores descobriram que os que comeram algum tipo de fast food pelo menos
uma vez ao dia tiveram um baixo desempenho nas disciplinas em questão. Essa
deficiência foi detectada com maior intensidade em matemática.
“Essas
descobertas mostram que o consumo de fast food tem relação com baixo
desenvolvimento educacional e, consequentemente, com a obesidade infantil. O
problema não está, porém, nas famílias que ocasionalmente consomem esses
alimentos, ao contrário daquelas que transformam isso em rotina”, pondera Kelly
M. Purtell, autora da pesquisa.
Segundo
ela, a explicação está na carga de nutrientes desses alimentos. Os fast food
não possuem todas as vitaminas e minerais necessários para o aprendizado
efetivo das crianças. Além disso, eles são ricos em gordura e açúcar, o que
também compromete o desenvolvimento intelectual na infância. Outros fatores
podem contribuir para esse quadro, como a educação dos pais, renda familiar,
insegurança alimentar e o hábito de assistir à televisão durante as refeições.
De
acordo com os pesquisadores, um caminho é tornar o fast food menos acessível
para as crianças. Taxas específicas, por exemplo, tornariam esse tipo de
alimento mais caro e, por isso, menos atrativo para as famílias. Outro ponto
seria transformar o ato de cozinhar em algo mais prazeroso e atraente para
adultos e crianças, que culminaria na redução do consumo de fast food.
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