segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

O QUE É LÚPUS?...

FONTE: www.vivermaislupus.com.br


Lúpus, uma doença autoimune com maior incidência entre as mulheres.

O lúpus eritematoso sistêmico (LES) é uma doença autoimune, provocada por um desequilíbrio do sistema imunológico, em que as células responsáveis pela defesa produzem anticorpos contra células do próprio organismo. Esse processo pode desencadear inflamações por todo o organismo, causando os mais variados sintomas. A evolução da doença costuma ser crônica, com períodos de melhora (remissão) e de piora (exacerbação)1, 2.

Possíveis causas.

Como todas as doenças autoimunes, o lúpus não é contagioso. Sua causa ainda é pouco conhecida, mas sabe-se que fatores hormonais, ambientais (luz solar, infecções, alguns medicamentos), genéticos e imunológicos contribuem para o seu desenvolvimento. Porém, o peso de cada um desses fatores no aparecimento do problema varia de pessoa para pessoa1, 2, 3.
O lúpus possui períodos de atividade e de remissão dos sintomas. A irradiação ultravioleta solar e, em menor intensidade, a das luzes brancas artificiais pode deflagrar a doença, causando fotossensibilidade e lesões cutâneas2, 3. Saiba mais em Cuidados Gerais.

Consequências.

Como a doença pode acometer diversos órgãos, principalmente se não for tratada corretamente, suas consequências são variadas, podendo desencadear diversos tipos de comprometimentos, como por exemplo: cutâneo (lesões de pele); articular (artrite intermitente); hematológico (anemia); cardíaco (pericardite e aterosclerose); pulmonar (inflamação da pleura e hipertensão); insuficiência renal (mal funcionamento dos rins); neuropsiquiátrico (desordens de humor, de movimento e de ansiedade, cefaleia, convulsões e psicose, dentre outros)1. Leia em Sinais e Sintomas mais informações a respeito.
Algumas pessoas apresentam quadros mais leves do lúpus, envolvendo apenas a pele2.

A doença no mundo e no Brasil.

O lúpus acomete pessoas de todas as raças, sendo 9 a 10 vezes mais frequente nas mulheres em idade fértil. No mundo, sua incidência é de 1 a 22 casos para cada 100 mil pessoas, anualmente, com prevalência de 7 a 160 casos/100 mil pessoas em um ano3.
No Brasil foi realizado um estudo epidemiológico, na região Nordeste, que estimou a prevalência anual da doença em 8,7 pessoas para cada 100 mil pessoas no nosso país3.

Lúpus e gravidez.

Como a incidência maior ocorre entre as mulheres em idade fértil, é normal a preocupação de uma gravidez nas pacientes com lúpus. Engravidar não é contraindicado nestes casos, mas exige um planejamento adequado junto ao seu médico, sendo desaconselhada quando o lúpus acomete os rins1.
A gestação é considerada de alto risco e deve ser monitorada de perto por uma equipe multidisciplinar, devido à possibilidade de exacerbações1.
A gravidez não planejada deve ser evitada por meio de anticoncepcionais orais com baixa dosagem de estrogênio, para evitar o risco de trombose (formação de coágulo sanguíneo), seguindo orientações médicas1.

Uma doença tratável.

Hoje, o lúpus ainda não tem cura, mas tem tratamento. Os medicamentos utilizados diferem de paciente para paciente, dependendo dos órgãos e sistemas atingidos e da sua gravidade1.
A eficácia do tratamento também depende de mudanças no dia a dia dos pacientes para manter controle sobre a doença, com acompanhamento e suporte médico na criação de estratégias que ajudem a enfrentar as dificuldades do lúpus, preservando a vida social e minimizando os prejuízos à saúde4.

Referências bibliográficas:
1. BORBA, E.F. et al. Consenso de lúpus eritematoso sistêmico. Rev Bras Reumatol, 48(4): 196-207, 2008.
2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA SUPERANDO O LÚPUS. Saiba mais sobre o Lúpus. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2014.
3. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Portaria 100, de 7 de fevereiro de 2013. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas: lúpus eritematoso sistêmico. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2014.

4. ARAUJO, A.D. A doença como ponto de mutação: os processos de significação em mulheres portadores de lúpus eritematoso sistêmico. Disponível em: . Acesso em: 26 jul. 2014.

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