quinta-feira, 30 de abril de 2015

RETENÇÃO DE LÍQUIDO É COMUM, MAS TEM SOLUÇÃO...

FONTE:, (disneybabble.uol.com.br).

Grávidas ou não, mulheres costumam sofrer bastante com o inchaço do corpo.


Responsável pelo incômodo diário de boa parte da população feminina brasileira, o inchaço é mais comum do que se imagina. A retenção de líquido, como é chamada clinicamente, afeta muita gente e, contrariando o senso comum, nem sempre está ligada à idade ou tipo físico da mulher.
“A mulher não precisa estar necessariamente acima do peso para apresentar inchaço em algum período do mês”, tranquiliza a endocrinologista e clínica geral Giulianna Pansera. A boa notícia é que o problema pode ser tratado, aliviado e até prevenido.
Mas por que as mulheres sentem mais esse incômodo que a turma masculina? Pode-se dizer que, sim, os hormônios são os vilões da história.
“As variações hormonais são muito mais frequentes nas mulheres e causam esse inchaço, principalmente no período pré-menstrual e durante a gestação, quando encontram-se em níveis superaltos”, explica.
Apesar disso, algumas atitudes do cotidiano acabam dando um empurrãozinho para aumentar esse desconforto, como a má alimentação e o sedentarismo.
O que há por trás.
O que você ingere está diretamente ligado à retenção de líquido que tem. Então, faça um favor ao seu corpo e esqueça alimentos ricos em sódio, produtos industrializados, embutidos, bebidas enlatadas, temperos prontos. Ou seja, tudo o que é artificial.
“Quem come muita gordura e açúcar tem propensão de ficar mais inchada. Pessoas que não praticam atividade física frequente tendem a reter mais líquidos também”, alerta a endocrinologista Giulianna Pansera.
A blogueira Pat Perri, de 39 anos, lida com o inchaço quase que cotidianamente, desde seus 10 anos.
“Tirando a fase da menstruação, também retenho líquido no verão, quando os dias são muitos quentes, ou se fico muito sentada. Outra alteração que noto é quando consumo alimentos com sódio. Não sou acostumada a me alimentar dessa maneira mas, quando acontece, já sinto a diferença no corpo todo”, conta.
Além do desconforto ao andar, deitar ou sentar, o inchaço também chega a refletir na balança. “Na fase menstrual, por exemplo, chego a ‘engordar’ até 3 kg”, diz Pat.
O que ajuda.
Além de cuidar da alimentação e da movimentação diária do corpo, alguns cuidados podem ser incorporados no seu dia a dia, para aliviar o desconforto causado pela retenção líquida.
A endocrinologista Giulianna Pansera lista atitudes simples que você pode adotar a partir de agora.
o    Tomar (no mínimo) 2 litros de água por dia. “Isso estimula o funcionamento dos rins e a eliminação do excesso de líquido e toxinas”, explica Giulianna.
o    Praticar pelo menos 30 minutos diários de atividade física. Mas, calma lá, não precisa virar “rata” de academia ou atleta, não. “Faça uma caminhada todos os dias que você logo nota a diferença”, garante a médica.
o    Evitar alimentos ricos em sódio, embutidos, temperos prontos. Já falamos sobre isso, mas não custa nada bater na mesma tecla. Sabe a tabela nutricional impressa na embalagem dos produtos? Em vez de olhar só as calorias, vale conferir o quanto de sódio e açúcar cada alimento carrega. Você vai se surpreender!
o    Evitar sucos que não sejam naturais. Em substituição, a médica sugere apostar no chá verde todos os dias. “Ele tem propriedades excelentes para a saúde e, uma delas, é ser diurético”, avisa.
o    Fazer drenagem linfática pelo menos duas vezes por semana: “Isso pode ajudar bastante a diminuir a retenção”, diz.
Inchaço na gravidez.
O edema durante a gestação merece atenção. Afinal, esse incômodo é bastante frequente no dia a dia das futuras mamães e, em boa parte dos casos, previsto.
“As grávidas têm alterações hormonais intensas que causam um aumento do volume sanguíneo e também da retenção hídrica. Além disso, com o aumento do útero dentro da cavidade abdominal, ocorre uma compressão dos grandes vasos, dificultando o retorno venoso do sangue dos membros inferiores para o coração”, explica a médica.
Mayara Pereira, de 28 anos, percebeu as alterações no corpo logo no início da gestação. “Já tinha problema com inchaço antes de engravidar, mas agora sinto a retenção mais forte”, conta a bancária, que sente mais desconforto nos pés e mãos.
Para evitar essa sensação, a endocrinologista chama atenção ainda mais para a alimentação e para os exercícios físicos leves nesse momento da vida da mulher.
Se a gestante trabalha sentada, por exemplo, é aconselhável levantar e fazer caminhadas de 5 minutinhos. Assim, ajuda o corpo a reativar a circulação sanguínea.
“As grávidas que têm uma tendência maior à retenção devem ficar longe dos sapatos de salto e de bico fino”, alerta a médica. E é justamente o que Mayara eliminou já nos primeiros meses.
“Desde o início não conseguia usar alguns sapatos. Precisei investir em palmilhas mais confortáveis e um número maior que o meu”, conta a futura mamãe de Arthur.
Para aliviar as tensões da retenção de líquido, a bancária toma bastante água, aposta em drenagem linfática e usa o método tradicional de colocar os “pés para cima e as mãos para baixo”. “Assim melhora a dormência”, diz ela, aos 8 meses de gestação.
Mesmo muito comum durante a espera do bebê, o inchaço nem sempre deve ser tratado como apenas uma retenção líquida pelas grávidas. É sempre bom ficar de olho nos detalhes.
“Se o inchaço atingir o rosto e os olhos é um sinal de alerta. Aí é aconselhável procurar um médico e sempre monitorar a pressão arterial”, avisa Giulianna.
A fiscalização do peso extra também é obrigação para quem tem tendência em reter líquido. Evitar engordar mais do que o normal durante a gestação é uma boa estratégia para fugir do inchaço.
Atenção para medicações.
Repetindo, nem sempre o inchaço deve ser visto como uma mera retenção de líquido cotidiana causada por fatores externos ou hormonais. Giulianna Pansera alerta sobre o uso de medicamentos ingeridos de forma crônica.

Anticoncepcionais orais e corticoides, por exemplo, favorecem essa retenção. “Algumas doenças, como o hipotireoidismo, podem gerar até 5 kg a mais no corpo. Por isso, é importante sempre procurar um médico para investigar bem as causas do inchaço”, diz.

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