quarta-feira, 30 de setembro de 2015

É MELHOR DORMIR SEM CALCINHA? USAR PROTETOR ÍNTIMO DIARIAMENTE FAZ MAL?...

FONTE: iG São Paulo, TRIBUNA DA BAHIA.


Desvende os mitos e verdades sobre o uso diário de protetores íntimos e de calcinha durante o sono.

Muitas mulheres não dispensam o uso do protetor íntimo diário. O principal motivo é se sentir limpa o dia todo, sem eventuais odores naturais femininos.
Apesar da praticidade, ginecologistas afirmam que ele é dispensável e só é recomendado para ser usado no final da menstruação, para evitar o uso excessivo de absorventes espessos. O abafamento da região genital feminina pode provocar infecções.
A ginecologista Maria Elisa Noriler explica que o protetor íntimo deixa a região vaginal mais abafada. “O ideal é usar uma calcinha de algodão fina. Quanto mais arejada a roupa, melhor”, recomenda.
Ainda segundo a médica, se a necessidade de usar o protetor diariamente é pelo excesso de secreções que mancham a calcinha, o ideal é consultar um ginecologista para ver se não há nada de errado.
“Se a paciente tem secreção é preciso examinar no ginecologista para tratar, fazer um exame de cultura de secreção com pesquisa para fungos, como a clamídia ou bactérias anaeróbicas”, alerta Maria Elisa.
Infecções.
Isabela Barboza, ginecologista da Clínica da Mulher do Hospital 9 de Julho explica que muitas mulheres se sentem seguras usando o protetor diário.
“O problema é que a flora da vagina é equilibrada e, quando a região é abafada, acaba acontecendo uma mudança da flora predispondo a infecções bacterianas ou por fungos”. Ainda segundo a médica, a quantidade natural de secreções pode aumentar por esse desequilíbrio, causando o efeito rebote.
“Se houver secreção abundante, com odor fétido, forte, uma mudança de coloração, é preciso procurar um ginecologista porque pode ser uma infecção vaginal. Se é clara, esbranquiçada, sem odor e sem coceira, é normal. Perto da ovulação a mulher tem mais secreção”, diz Isabela.
Maria Elisa ressalta que dor na relação sexual pode ser um sinal de infecção. “A infecção por clamídia não dá muitos sintomas, mas causa secreção abundante e clara. A longo prazo, pode causar a doença inflamatória pélvica e até obstrução das trompas, causando infertilidade no futuro”, alerta.
Como lavar?
Maria Elisa diz que toda mulher deve visitar o ginecologista ao menos uma vez por ano. Além disso, ela alerta para o excesso de higiene na região íntima.
“Lavar uma ou duas vezes por dia, com sabonete em barra – se não tem alergia – ou sabonete íntimo é o ideal”, diz a médica. A ginecologista do Hospital 9 de Julho diz que é bom evitar fazer ducha vaginal.
Isabela diz que a calcinha de algodão é amiga da saúde íntima, pois deixa a região vaginal respirar melhor. “É bom evitar roupas justas, apertadas e usar uma sainha ou um tecido mais leve em dias mais quentes”.
Cuidados com a depilação.
A depilação deve ser feita em um local confiável. “Se fizer com cera, é preciso ter certeza de que ela não é reciclada. Se ficar na dúvida, não faça”, recomenda Maria Elisa. Além disso, ela contraindica a depilação íntima total.
“Não é bom tirar todos os pelos, porque eles são uma forma de defesa. O ideal é cortar com uma tesoura e deixar bem baixinho”, diz. “Não se deve usar lâmina, pois obstrui os folículos, causando uma inflamação”.

Hábitos noturnos também interferem na saúde íntima. “À noite o ideal é dormir sem calcinha e com pijama largo, para favorecer a ventilação da área”, diz Maria Elisa.

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