quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

COMO IDENTIFICAR OS PRIMEIROS SINAIS DE DEMÊNCIA?...

FONTE:,  Michelle Roberts, Editora de Saúde do site da BBC, (noticias.uol.com.br).


O mal de Alzheimer tem se tornado uma doença cada vez mais comum em idosos. Só no Brasil, estimativas indicam que existem pelo menos 1,2 milhão de pessoas vivendo com esse problema. No mundo, são mais de 35 milhões, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde.

Considerado o tipo mais frequente de demência, ele pode ser reconhecido por pequenos sinais já nos primeiros estágios - o que ajudaria muito no tratamento para retardar o avanço da doença. O problema é que muitas vezes as pessoas demoram para procurar ajuda porque ignoram ou desconhecem os sintomas.

Uma pesquisa realizada entre 4 mil pessoas no Reino Unido pela YouGov revelou que a maioria das pessoas ainda se confunde com os sinais de demência. Por exemplo, 39% dos entrevistados acredita que entrar em um lugar e esquecer o que foi fazer lá pode ser um sinal de demência - e, na verdade, isso pode acontecer com qualquer pessoa. Para quem tem a doença, esquecer o motivo pelo qual entrou na sala não é o problema, mas sim não reconhecer aquela sala.

A Sociedade do Alzheimer aproveitou o período de festas de fim de ano, em que as famílias costumam se reunir, e divulgou quais são os principais "sintomas" possíveis de serem identificados quando uma pessoa começa a sofrer esse e outros tipos de demência - segundo a instituição, há um considerável aumento de pessoas buscando informações sobre isso nessa época do ano.

Saiba aqui quais são os principais sinais:

Repetições.
Enquanto a maioria acredita que esquecer nomes de conhecidos repetidamente pode ser um sinal de demência, poucos sabem que repetir as mesmas frase por várias vezes também pode ser um indício.

Gaguejar ou pronunciar palavras de forma errada são outros sinais que merecem atenção.

Mudança de humor.

O risco de demência aumenta com a idade - cerca de um em cada seis idosos acima de 80 anos sofrem com o problema. Mas ela pode começar na meia-idade.

Dianne Wilkinson, de 57 anos, recebeu o diagnóstico relativamente cedo.

"Sempre fui uma pessoa super positiva, então achei estranho quando comecei a me sentir mais devagar e 'para baixo'. Mas eu achava que isso era apenas uma fase. Não achava que poderia ser um sinal de demência", afirmou.

Esquecimentos corriqueiros.

"Depois de alguns meses, alguns familiares me incentivaram a ir ao médico. Mas foi depois do meu diagnóstico que as pessoas começaram a me falar que tinham notado mudanças no meu comportamento, como repetir as coisas várias vezes, não lembrar onde eu tinha colocado algumas coisas e confundir os dias da semana", contou Wilkinson, que também não havia percebido esses "esquecimentos" corriqueiros.

Ela diz que se sentiu aliviada após o diagnóstico. "Senti um alívio porque agora eu sei que a demência é a explicação para meu comportamento estranho."

"É muito importante que as pessoas busquem ajuda rapidamente, assim que notarem sinais, porque aí elas conseguirão entender o que está acontecendo e poderão buscar ajuda para poderem viver da melhor maneira possível", aconselhou.

Dianne Wilkinson foi diagnosticada com Alzheimer aos 57 anos de idade.

Tratamento.

Por tudo isso, Jeremy Hughes, CEO da Sociedade do Alzheimer, reforçou a importância de se identificar os sinais de demência para poder tratar o problema o quanto antes.

"Sabemos que demência é uma das doenças mais temidas para muitos e não há dúvidas de que ela pode ter um grande impacto para quem tem o problema e também para a família e os amigos", disse.

"Por isso, é importante que a gente esclareça essa confusão sobre o que são e o que não são sinais de demência para que as pessoas fiquem mais confiantes para conversar com seus familiares que estão sofrendo esses sintomas, para que eles possam buscar ajuda o mais rápido possível."

"A demência pode quebrar as conexões que você tem com as pessoas que ama, mas nós temos inúmeros tratamentos que podem ajudar a brecá-la ou a diminuir seus danos."

Sinais de demência.

Procure ajuda médica se sua perda de memória está afetando sua vida diária e especialmente se você:

Tem dificuldades para lembrar coisas recentes, mas consegue se lembrar facilmente do que aconteceu no passadoAcha difícil acompanhar conversas ou programas de TVEsquece nomes de amigos bem próximos ou de objetos que você usa todos os diasNão consegue lembrar as coisas que ouviu ou leuFrequentemente perde o fio do que está dizendoTem problemas de pensamento e raciocínioSe sente ansioso, depressivo ou com raivaSe sente confuso até quando está em um ambiente conhecido ou se perde em caminhos que faz frequentementeDescobre que pessoas começaram a notar ou a comentar sobre sua perda de memória.

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