FONTE:
Da Redação, TRIBUNA DA BAHIA.
Proliferação de bactérias, ar
condicionado, água do mar, piscina e filtro solar são os grandes vilões, mau
uso de lentes pode cegar.
O cuidado com a
manutenção das lentes de contato no verão deve ser redobrado. De acordo com o
oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, os
prontuários do hospital mostram que nesta época do ano dobra o número de
contaminações por mau uso de lentes.
Segundo o médico, um
dos fatores relacionado ao problema é a maior proliferação de bactérias no ar
que facilita a contaminação não só das lentes, como dos estojos.
Só para se ter uma
idéia, um estudo conduzido pelo médico com 210 usuários mostra que a
contaminação por manutenção e armazenamento inadequados responde por 20% das
complicações, o uso além do prazo de validade ou durante a noite por 45% e as
alergias por 35%.
Sinais de alerta.
Queiroz Neto afirma
que vermelhidão nos olhos, sensibilidade à luz e visão borrada são os
principais sinais de que algo está errado. “Insistir no uso sentindo
desconforto pode provocar úlcera na córnea e até cegar”, comenta.
Por isso, quando o
olho fica vermelho ele recomenda retirar as lentes e consultar um
oftalmologista imediatamente. Colocar um colírio por conta própria pode piorar
o problema, mesmo que os olhos fiquem temporariamente mais brancos, adverte.
Como diminuir o ressecamento da lágrima.
Segundo o oftalmologista, a lágrima, que têm a função de
proteger os olhos das agressões externas, resseca entre pessoas que permanecem
em ambientes com ar condicionado.
Por isso, estas
pessoas ficam mais vulneráveis a infecções oculares. Uma alternativa
são as lentes esclerais que liberam quem tem olho seco do uso de colírio
lubrificante.
Isso porque, cobrem a
córnea e a esclera (parte branca do olho), minimizando a evaporação da lágrima.
Este tipo de lente, destaca, também é indicado para quem tem ceratocone,
abaulamento da parte central da córnea e outras doenças que afetam a mucosa
ocular, entre elas, a síndrome de Sögren e a síndrome de Stevens Johnson.
Nadar ou dormir com lentes pode cegar.
“Quem usa lente de
contato deve optar por óculos de grau quando vai à piscina ou praia”, adverte.
Isso porque, o contato do olho com água contaminada por bactérias, cloro e até
filtro solar pode causar uma infecção na córnea ou uma conjuntivite tóxica.
Além disso, entrar na
água do mar ou de piscina usando lente aumenta o risco de contrair
acanthamoeba, um parasita que dificilmente é controlado com medicamentos.
Já durante o sono, o
especialista diz que a produção lacrimal diminui e a falta de oxigênio na
córnea aumenta entre 10 e 20 vezes o risco de deformação da córnea.
Outro erro comum,
observa, é usar soro fisiológico para higienizar a lente e o estojo. O produto
pode contaminar os olhos porque não tem conservante. Para pessoas alérgicas às
soluções higienizadoras a recomendação é usar frascos com dose única de soro,
Manutenção sem risco.
As principais
recomendações do médico para quem prefere usar lente são:
Fazer a adaptação com um oftalmologista. Lentes que não acompanham a
curvatura da córnea podem causar lesões graves.
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Lavar cuidadosamente as mãos antes de manipular as lentes.
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Utilizar soluções higienizadora tanto na limpeza quanto no enxágüe das
lentes e estojo.
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Friccionar as lentes para eliminar completamente os depósitos
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Não usar água de torneira ou sobra de soro fisiológico depois que a
embalagem for aberta.
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Retirar as lentes antes de remover a maquiagem e quando usar spray no
cabelo
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Colocar as lentes sempre antes da maquiagem
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Guardar o estojo em ambiente seco e limpo
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Trocar o estojo a cada quatro meses
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Respeitar o prazo de validade das lentes
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Jamais dormir com lentes, mesmo as liberadas para uso noturno.
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Interromper o uso a qualquer desconforto ocular e procurar o
oftalmologista
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Retirar as lentes durante viagens aéreas por mais de três horas
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Não entrar no mar ou piscina usando lentes.
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