quinta-feira, 27 de outubro de 2016

SERÁ QUE ELES SABEM MESMO QUANDO A GAROTA ESTÁ “A FIM”?...

FONTE: *** Jairo Bouer (doutorjairo.blogosfera.uol.com.br).


As pessoas, em geral, costumam se basear em sinais não verbais, como olhares ou sorrisos insinuantes, para intuir se o outro está interessado sexualmente nela. Esse efeito da linguagem corporal é automático. Mas pesquisadores descobriram que esse julgamento rápido também é influenciado pela beleza e pela forma de se vestir de uma mulher.

Em um estudo na Universidade de Iowa, nos Estados Unidos, psicólogos convidaram 500 estudantes universitários (sendo 220 do sexo masculino) para avaliar fotografias de diferentes mulheres, e dizer quais delas demonstravam estar “abertas” para uma investida.

Os resultados mostram que muitos jovens confundem uma aparência mais provocante como um sinal de interesse sexual, inclusive as do sexo feminino que viram as fotografias. Mas, enquanto eles levam mais em conta o quanto a mulher está atraente, na hora de fazer o julgamento, elas prestam mais atenção nos sinais não verbais e na roupa da garota.

Como observam os autores, julgar as intenções de uma mulher pela aparência é perigoso, e pode, muitas vezes, levar a situações de assédio ou abuso. Então, a equipe, coordenada por Teresa Treat, decidiu apurar se orientar os jovens poderia evitar esse tipo de mal-entendido.

Em um segundo experimento, metade dos participantes do experimento teve uma “aulinha” sobre linguagem corporal e expressões faciais, antes de ser exposta às fotos. A ideia era dar algumas pistas que indicam quando uma mulher está interessada em um homem. Depois da intervenção, os jovens ficaram mais atentos aos sinais não verbais ao invés de se basear tanto na aparência das moças retratadas.

Mas os pesquisadores também perceberam que indivíduos com certas crenças equivocadas, como a de que mulheres sentem prazer em ser abordadas de forma mais violenta, ou de que certas mulheres “pedem” para ser estupradas, foram mais propensos a confundir atratividade com interesse sexual.

As pesquisas, publicadas na revista Psychonomic Bulletin & Review, fazem pensar que está na hora de desfazer alguns conceitos que alimentam a cultura do estupro nas aulas de educação sexual, tanto as que supostamente ocorrem nas escolas, como também em casa. E pode ser que incluir noções de comunicação não verbal no pacote também seja uma boa ideia.

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