FONTE: Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Apesar de ainda ser uma das principais causas de
morte no mundo, o índice de letalidade da doença caiu 22% entre 2000 e 2015.
A
tuberculose continua a ser uma das dez principais causas de morte em todo o
mundo e em 2015 pode ter matado 1,8 milhão de pessoas, segundo estimativa da
Organização Mundial da Saúde (OMS). A entidade divulgou ontem (13) um relatório
com dados sobre a doença em 202 países e territórios, que representam mais de
99% da população mundial e dos casos globais de tuberculose. Apesar de ainda
ser uma das principais causas de morte no mundo, o índice de letalidade da
doença caiu 22% entre 2000 e 2015.
Segundo
o Relatório Global sobre a Tuberculose, 10,4 milhões de novos casos foram
registrados no mundo em 2015, dos quais 5,9 milhões (56%) entre homens; 3,5
milhões (34%) entre mulheres e um milhão entre crianças. Do total de casos, 1,2
milhão eram pessoas com o vírus HIV.
A OMS
alerta que, embora a incidência de tuberculose e a mortalidade pela doença
estejam caindo, é preciso acelerar o ritmo de enfrentamento da enfermidade. “As
ações e investimentos globais estão aquém do necessário para acabar com a
epidemia global de tuberculose”, destaca o documento.
Seis
países são responsáveis por 60% de todos os novos casos em 2015: Índia,
Indonésia, China, Nigéria, Paquistão e África do Sul.
Brics.
De
acordo com o relatório, os países do Brics (Brasil, Russa, Índia, China e
África do Sul), respondem, juntos, por cerca de 50% dos casos de tuberculose no
mundo. Nestes países, à exceção da Índia, o financiamento para estudos e
combate à doença é principalmente interno.
A OMS
estima que, em todo o mundo, a taxa de declínio da incidência da tuberculose
manteve-se em apenas 1,5% nos anos de 2014 e 2015. No entanto, para atingir os
primeiros marcos da estratégia de eliminação da doença, é necessário alcançar
índices anuais de 4% a 5% em 2020. A organização avalia que, apesar de alguns
progressos na verificação de novos diagnósticos, medicamentos e vacinas, as
pesquisas sobre a doença permanecem gravemente subfinanciadas.
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