quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

PESSIMISMO PREVALECE NAS EXPECTATIVAS PARA 2017...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.

Além disso, há a expectativa de pico do desemprego e da continuidade da crise política e institucional.

O ano de 2017 deve ser igualmente ruim ou ainda mais complicado para as negociações salariais das diversas categorias de trabalhadores do que 2016, que já é o pior ano para os reajustes desde 2002, inclusive para os sindicatos mais fortes. Após um ano marcado por reajustes abaixo da inflação, a avaliação dos economistas e até mesmo das categorias consultadas pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, é de que no ano que vem os acordos salariais serão mais uma vez dificultados pelo ambiente econômico recessivo.
Além disso, há a expectativa de pico do desemprego e da continuidade da crise política e institucional. 
Em 2016, ano em que a taxa de desemprego alcançou os dois dígitos pela primeira vez na série histórica iniciada em 2012 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios - Contínua (Pnad - Contínua), a parcela de reajustes abaixo da inflação atingiu 50% das negociações no acumulado do ano até outubro. O dado é do projeto Salariômetro, da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que também mostra que, em outubro de 2015, essa proporção estava em 20% e, no mesmo mês de 2014, a fatia era de cerca de 5%.
De acordo com o Balanço das Negociações dos Reajustes Salariais do 1º semestre de 2016 do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), apenas 24% das unidades de negociação analisadas conquistaram ganhos reais nos salários, sendo que somente 0,7% dos reajustes reais foram acima de 1%.

Para 2017, a expectativa do Dieese também não é otimista. “O mais certo é que a economia não se recupere em 2017. E, mesmo que o PIB cresça 1%, será sobre uma base deprimida. E ainda tem toda incerteza em relação ao governo que pode deteriorar esse quadro. Assim, é difícil imaginar reajustes acima da inflação em 2017”, afirmou José Silvestre, diretor de relações sindicais do Dieese. 

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