terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

CUIDADOS DE VERÃO: AUMENTO NO CONSUMO DE BEBIDAS ÁCIDAS PODE PREJUDICAR SEUS DENTES...

FONTE:, (www.msn.com).


No calor, é difícil resistir às bebidas refrescantes, como refrigerantes, sucos de frutas cítricas, bebidas esportivas e cerveja. Entretanto, a acidez presente nestes líquidos pode comprometer sua saúde bucal. Quando consumidos frequentemente, podem provocar a erosão dentária, um desgaste lento, progressivo e irreversível da camada mais externa do dente, o esmalte. O que classifica o nível de acidez e o impacto da bebida nos dentes é o pH, que indica se o produto é ácido ou básico. Quanto menor o pH, mais ácido. Quanto maior, mais básico. Quando indica o valor 7, o produto em questão é classificado como neutro. As bebidas mais ácidas são os refrigerantes à base de cola (pH 2,5), sucos de frutas cítricas (em média pH 3,5), bebidas esportivas (pH 2,95), bebidas alcoólicas como vinho (pH 3,3 a 3,7) e cerveja (pH 3,7 a 4,1).

Professora doutora em Odontologia Restauradora, Lia Alves Schinetski (CROSP 75229) explica que as bebidas ácidas causam o amolecimento do esmalte do dente, isto é, a erosão dental. “O consumo não deve ser muito frequente. Estudos mostram que quanto maior a frequência, mais erosão acontece e, consequentemente, maior é o desgaste causado”, afirma. Além disso, é preciso ter outro cuidado: aguardar pelo menos 30 minutos após o consumo de bebidas ácidas para fazer a escovação. Caso feita antes deste tempo, o procedimento remove o esmalte do dente que foi “amolecido”, desgastando ainda mais a superfície dentária.

Lia explica que os líquidos ácidos causam um processo chamado de desmineralização: “Quando o pH da boca diminui, o dente começa a perder minerais e, a médio e longo prazo, isso pode acarretar na perda total do esmalte dentário, levando a problemas estéticos e também de sensibilidade”. Por isso, é preciso aguardar um tempo para escovar os dentes. Assim, há remineralização do dente, causada pela ação da saliva. Outra alternativa é fazer bochechos com flúor, o que minimiza o impacto negativo.

Sandra Kalil (CROSP 40596), membro da Câmara Técnica de Odontopediatria do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo, explica que nos casos de erosão dentária, a reabilitação é complicada: “conforme o esmalte vai se desgastando, a dentina é exposta, causando sensibilidade dentária e alteração de cor.” Por isso, o tratamento é difícil e requer acompanhamento constante.


De acordo com Lia, a perda do esmalte deixa os dentes suscetíveis às cáries e lesões na região gengival. “Essa é a parte do dente em que o esmalte é mais fino e, por isso, onde mais desgasta por conta das bebidas ácidas”, explica. Quando a lesão é leve e a pessoa sente sensibilidade, pode ser feito um tratamento à laser associado à substâncias que agem na condução dos estímulos nervosos que fecham os pequenos canais da região. Quando o desgaste é moderado ou grande, é indicado fazer restauração com resina. “Por isso, é importante que as pessoas diminuam a frequência de consumo das bebidas ácidas e não escovem os dentes logo após a ingestão”, aconselha Lia.

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