FONTE: *** , TRIBUNA DA BAHIA.
Alguns sintomas podem indicar quando o problema
necessita de ajuda médica.
por
Diarreia
e calor geralmente estão associados a alimentos estragados. Mas esse é um
sintoma tão abrangente quanto uma febre. Segundo Guilherme Andrade,
gastroenterologista do Centro de Gastroenterologia do Hospital 9 de Julho,
podemos diferenciar dois grandes grupos:
Diarreias Agudas. Duram
menos de quatro semanas e a maioria é causada por uma infecção: seja por vírus,
bactérias, ou ainda por toxinas secretadas pelas bactérias, como é o caso da
salmonela, alojada no ovo ou frango cru.
Podemos
identificar a origem infecciosa quando a diarreia começa de uma hora para
outra, é acompanhada de febre, náuseas, vômitos e apatia. Se você comeu algo
estragado e logo após desenvolveu a diarreia, é provável que seja a toxina da
bactéria. "O tratamento é esperar a eliminação destas toxinas, manter a
hidratação e eventual medicamento para dor", diz o médico. No entanto, se
a diarreia aparecer depois de 12 ou até 24 horas após o contato, pode indicar
contaminação por vírus ou a bactéria em si.
Há
também as diarreias agudas parasitárias - mais comuns em algumas regiões do
País, com falta de saneamento básico, por exemplo. Nestes casos, a
identificação do verme ou parasita acontece apenas em cerca de 30% dos casos.
"No consultório, o tratamento costuma ser empírico, ou seja, hidratação
com soro e medicamentos para amenizar os sintomas, antes mesmo de realizar o
exame para identificar o parasita", diz o especialista.
As
diarreias agudas costumar cessar entre três e sete dias. Mas, atenção: o médico
deve ser procurado quando houver sangue nas fezes, sintomas de desidratação,
estufamento da barriga e se você vem de alguma região com suspeita de epidemia.
Diarreias Crônicas. A diarreia crônica ou intermitente dura mais do que quatro
semanas seguidas, ou com o intestino soltando pontualmente entre esse período.
As parasitoses também podem entrar neste grupo, mas são mais raras. No geral,
há três diagnósticos para o problema crônico:
- Intolerância alimentar - principalmente à lactose, mais comuns em mulheres e
idosos. Além da intolerância ao glúten e a própria doença celíaca, que cresceu
muito nos últimos anos.
- Síndrome do intestino irritável - comum em mulheres jovens, acompanha dor abdominal. Pode
prender ou soltar o intestino. Está ligada à movimentação, absorção,
sensibilidade do intestino, mas sem alterações anatômicas ou inflamação no
órgão.
- Doença inflamatória intestinal - inflamação que acomete todo o trato digestivo ou
parte dele. Questões genéticas, do sistema imunológico e fatores ambientais
podem estar entre as principais causas.
Lembrando
que questões psicoafetivas estão fortemente relacionadas com os distúrbios
intestinais, uma vez que há estimativas que o número de neurônios no intestino
é maior do que no cérebro propriamente dito. "Há uma ligação direta entre
cérebro e o aparelho digestivo e isso sempre deve ser considerado",
reforça o gastroenterologista.
*** Consultoria: Hospital
9 de Julho.
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