sábado, 18 de março de 2017

VOCÊ SABIA QUE O CÂNCER DE BOCA ESTÁ ENTRE OS DEZ MAIS COMUNS NO BRASIL? PREVINA-SE...

FONTE: , Cartola, (www.msn.com).


HOMENS ACIMA DOS 40 ANOS LIDERAM AS ESTATÍSTICAS.

Segundo dados do Conselho Regional de Odontologia de São Paulo (CROSP), o câncer de boca está entre os dez mais comuns no Brasil. O país também é o terceiro com maior incidência da doença no mundo, atrás apenas da Índia e da República Checa. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), anualmente são registrados no país 11.140 novos casos em homens e 4.350 em mulheres.


COMPORTAMENTOS DE RISCO.

Os fatores de risco mais comuns são o fumo, o consumo em excesso de bebidas alcoólicas e o vírus HPV. “O fato de os mais afetados serem homens acima de 40 anos se dá justamente pelo comportamento: o consumo excessivo de tabaco e álcool”, afirma Fábio De Abreu Alves (CROSP 83680), secretário da Câmara Técnica de Estomatologia do CROSP. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de boca eram tabagistas. A associação entre cigarro e bebida etílicas propicia o surgimento do câncer de boca.


É IMPORTANTE DIFERENCIAR O TIPO DE CÂNCER DE ACORDO COM O LOCAL DO TUMOR.

O câncer de lábio, por exemplo, ocorre geralmente no lábio inferior, e seu principal fator causal é a radiação solar. Esses casos também têm uma chance de cura maior do que quando os tumores estão localizados dentro da cavidade oral, pois se a pessoa tem uma ferida no lábio, aparente, ela tende a procurar ajuda mais rápido. “Por outro lado, o câncer de garganta, além do fumo e álcool, também está relacionado ao vírus HPV”, explica Alves.


TRATAMENTO.

Geralmente, o tratamento do câncer de boca inclui cirurgia. Se o tumor for maior de 2 cm, também será necessário realizar radioterapia. Alves esclarece que quanto mais precoce for o diagnóstico, menos invasivo será o procedimento. “Na fase inicial, a chance de cura é maior do que 80%. Nos casos em que a doença está mais avançada a possibilidade de recuperação cai para 40%”, conta o profissional.


ADRIANO TEVE DUAS VEZES A DOENÇA.

Adriano Henrique Nuernberg, de 43 anos, é professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e foi diagnosticado duas vezes com câncer, uma em 2007 e outra em 2016. “No primeiro, reparei um aumento intenso do volume da minha língua. Era o tumor se expandindo. No segundo, após 9 anos, comecei observando alterações no tecido da língua e sentindo uma retração muito grande desse músculo. Em ambos os casos, a fala e a deglutição se alteraram”, conta Nuernberg, que nunca fumou e nem bebe em excesso.


EQUIPE MULTIDISCIPLINAR É IMPORTANTE PARA O SUCESSO DO TRATAMENTO.

No caso do professor, a terapia incluiu cirurgia para retirada do tumor e radioterapia associada à quimioterapia. “É um tratamento duro, pois os efeitos secundários prejudicam a fala e a alimentação, o que exige o acompanhamento de uma equipe formada por oncologista, nutricionista, fonoaudiólogo, fisioterapeuta, psicólogo e dentista”, alerta.


RECUPERAÇÃO.

Agora o professor está na fase de reabilitação, que costuma iniciar após alguns meses do término da radio e quimioterapia. “Estou administrando os efeitos secundários do tratamento, como a anemia e a dificuldade para engolir, bem como buscando recuperar posturas e movimentos da boca e pescoço que foram prejudicados”, conta. “Aos poucos estou mais autônomo nas atividades da vida diária e saindo do isolamento social que decorre desse processo”, finaliza o professor, voluntário da Associação de Câncer de Boca e Garganta (ACBG Brasil), que realiza projetos de prevenção, acompanhamento e acolhimento relacionados à doença.


SEQUELAS.

Entre as sequelas que o câncer de boca pode deixar está a perda de parte da mandíbula, ou maxila ou língua, ou até a língua inteira, dependendo do tamanho e posicionamento do tumor. Os pacientes que são submetidos a radioterapia podem ficar com xerostomia (boca seca), o que aumenta a possibilidade de cáries.


FIQUE ATENTO AOS PRINCIPAIS SINTOMAS!

Se você notar feridas dentro da boca (normalmente na na língua e no assoalho) ou no lábio que não cicatrizam por mais de 15 dias, além de manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca, e bochecha, caroços no pescoço e rouquidão persistente, procure a ajuda de um profissional! É muito importante que o diagnóstico seja feito o mais rápido possível.


DIFICULDADES PARA REALIZAR AÇÕES BÁSICAS, COMO FALAR E COMER, MARCAM ESTÁGIO MAIS AVANÇADO DA DOENÇA.


Muitas vezes pode ser difícil perceber o câncer. Ao contrário de outras disfunções, as feridas na boca muitas vezes não são vistas com facilidade ou detectadas com autoexames. Quando o câncer já está em estágio avançado, os pacientes costumam sentir dor, dificuldade de abrir a boca, de mastigar e engolir, além de complicações na fala e sensação de que há algo preso na garganta. Nesses casos torna-se ainda mais necessária a consulta com um dentista.

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