domingo, 30 de abril de 2017

ENTENDA OS PRINCIPAIS RISCOS QUE O SALÃO DE BELEZA OFERECE À SUA SAÚDE E COMO EVITÁ-LOS...

FONTE:, Redação (https://www.msn.com).

Quando se procura um salão de beleza, é comum levar em consideração alguns fatores como proximidade, qualidade dos serviços, preço e habilidade dos profissionais. Até aí, tudo bem. Mas existe um fator muito importante que muitas vezes pode ficar de fora: a higiene.

Claro que existem casos em que as irregularidades ficam escancaradas, como quando os instrumentos da manicure estão enferrujados ou quando o chão do salão está lotado de cabelos e ninguém limpa. No entanto, algumas sutilezas podem passar despercebidas. E é justamente nessas ocasiões que pode acontecer uma alergia ou mesmo contato com algum instrumento que não foi higienizado corretamente.

Para que sua experiência no salão de beleza não vire um momento desagradável, veja a seguir quais aspectos você precisa prestar atenção.

Materiais químicos.
Se você for fazer um procedimento químico no cabelo, é muito importante perguntar ao cabeleireiro quais são os produtos que ele irá utilizar. Isso porque existem alguns itens que podem causar danos - muitas vezes irreversíveis - à estrutura do fio.

"O mais indicado é que seja feito um teste de mecha, pois, dessa forma, é possível saber se existe risco de manifestação alérgica no cliente", explica o presidente da Associação Brasileira de Salões de Beleza, José Augusto Santos. O teste de mecha é bem simples: basta pegar um pedaço do cabelo, aplicar um pouco do produto e ver como ele se comporta nos próximos minutos.

Além disso, é importante também pedir ao cabeleireiro que mostre o rótulo dos produtos que irá usar. Alguns produtos são altamente prejudiciais à saúde. Um deles é o formol, que pode causar irritações na pele, olhos e nariz, queimaduras, alergias respiratórias e, quando inalado, pode até causar câncer.

Um dos procedimentos que mais causam preocupação com o uso do formol é o alisamento de cabelo. De acordo com a Anvisa, o formol é proibido como alisante porque o uso dessa substância só é seguro se usado em baixa quantidade, mas alguns estabelecimentos acabam usando doses concentradas do produto.

Pentes e escovas de cabelo.
Mesmo quem vai apenas cortar ou escovar os cabelos precisa se atentar à qualidade dos materiais utilizados. Segundo o dermatologista Valter Claudino, escovas e pentes que não foram adequadamente higienizados podem transmitir fungos.. Por isso, se você perceber que os objetos usados pelo cabeleireiro estão com muitos cabelos, é importante pedir para trocar.

Toalhas.
As toalhas usadas no momento da lavagem e do corte também podem transmitir doenças como micoses e dermatites. Por isso é importante que estejam sempre limpas. Se perceber que já foram usadas por outras pessoas, solicite ao profissional que faça a substituição imediatamente.

Esterilização.
De acordo com a infectologista Ana Cristina Garcia Ferreira, na hora de fazer as unhas dos pés e mãos, são usados alguns instrumentos que, se não forem esterilizados de forma correta, podem transmitir doenças como hepatite B e C, doenças causadas por fungos e alergias. Sendo assim, é importante ficar de olho na higienização dos objetos usados pela profissional

O equipamento utilizado para fazer a esterilização dos objetos é a autoclave. Santos explica que os instrumentos são colocados dentro de um saquinho de esterilização e lacrados para a realização do procedimento de higienização. Utensílios como alicates, pinças e cortadores devem passar por esse processo de purificação.

"Quando os instrumentos são esterilizados, a embalagem fica com um aspecto mais marrom. Quem quiser se certificar que os instrumentos que serão utilizados estão devidamente higienizados, pode pedir para dar uma olhada na embalagem", alerta Santos.

Itens descartáveis.
Enquanto alguns itens precisam ser esterilizados, outros precisam ser substituídos. É o caso das lixas de unhas de pés e unhas, palitos de madeira e o plástico que forra a bacia do escalda pés. Isso porque eles também podem transmitir fungos e bactérias.

Kit próprio
Uma dica é levar o próprio kit no momento de fazer as unhas. Essa atitude ajuda a prevenir contaminação por objetos mal higienizados.

Na depilação.
Na hora de fazer depilação também é importante ficar de olho nos procedimentos de higiene do salão. Primeiramente, é importante que o forro da mesa seja substituído. É importante que a profissional faça isso sempre que uma cliente nova chegar. Além disso, é importante prestar atenção à cera utilizada para fazer a depilação.

"É fundamental usar ceras que tenham sido adquiridas no mercado e nunca feitas a partir de métodos caseiros", ressalta Santos.

Ele conta que é importante também prestar atenção no lixo ao qual a cera é despejada. ?Se houver um lixo específico para a cera, pode ser que o salão faça isso para reaproveitar o material depois. Isso é errado. Não há necessidade de a cera ser jogada em um lixo diferente. Se isso acontecer, é importante questionar o profissional?, alerta Santos.

Na maquiagem.
Quando for fazer maquiagem no salão de beleza, é importante checar com o profissional a procedência dos produtos utilizados. É importante que sejam de marcas certificadas pela Anvisa. Da mesma forma, é válido questionar o profissional sobre a higiene dos pincéis e maquiagens. Isso porque esses itens podem transmitir fungos se não forem higienizados adequadamente.

A principal preocupação tem que ser com as maquiagens que serão usadas nos olhos e na boca. No caso dos olhos, o lápis de olho merece atenção. Uma dica é pedir ao maquiador para apontar o lápis de olho no momento de maquiar. Isso ajuda a descartar possíveis fungos que estejam na superfície do objeto.

É importante prestar atenção na forma como o profissional aplica o batom. O ideal é seja passado um pano como forma de eliminar possíveis fungos na superfície do produto. Além disso, o batom não deve ser aplicado diretamente na boca e, sim, em um pincel. Também vale a pena se atentar ao pincel que é usado. Uma forma de evitar possíveis problemas seria levar o próprio pincel de casa.

Certificação.
Certifique-se que o estabelecimento possui certificação da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). De acordo com Santos, ter um certificado da ABNT mostra que o estabelecimento cumpre procedimentos de boas práticas e segurança tanto para os funcionários quanto para os clientes.


Por último, é válido saber se o estabelecimento conta também com certificação da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa). As normas do órgão também propõem boas práticas em relação à segurança de funcionários e clientes, bem como fiscalização em relação à procedência dos produtos utilizados no salão.

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