sexta-feira, 26 de maio de 2017

GREVE DOS VIGILANTES DE BANCOS COMPROMETE SERVIÇOS...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.


Agências do Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal estão fechadas em shoppings e alguns pontos da cidade, a exemplo do Centro Histórico e Avenida Sete.

A greve dos vigilantes que já duram três dias têm causado transtorno aos clientes de bancos e pacientes do INSS. Agências do Banco do Brasil, Bradesco e Caixa Econômica Federal estão fechadas em shoppings e alguns pontos da cidade, a exemplo do Centro Histórico e Avenida Sete. 
Apenas os caixas de auto-atendimento estão funcionando normalmente.  A greve já tem adesão de cidades por toda a Bahia, causou a suspensão das perícias do INSS ontem (25). De acordo com um comunicado em uma das agências do instituto em Brotas, as perícias serão remarcadas por meio do telefone 135. O Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM) também suspendeu as atividades.
Cerca de 32 mil vigilantes atuam em todo o Estado da Bahia. Deflagrada na última quarta-feira, por tempo indeterminado, a paralisação reivindica reajuste salarial de 7%, ticket refeição de R$ 20, cotas para as mulheres de 30% por posto de trabalho e piso salarial de R$1500. 
De acordo com lei Federal 7.102/1983, é vedado o funcionamento de qualquer estabelecimento financeiro onde haja guarda de valores ou movimentação de numerário, que não possua sistema de segurança. Segundo o presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança e Vigilância do Estado da Bahia (Sindivigilantes), José Boaventura, a categoria está aberta a negociações, desde que beneficiem a classe. 
“Os patrões do setor de segurança e vigilância ofereceram 1% de reajuste e permissão para fazermos horas extras em dias de folgas. Essa proposta é indecente, não tem nem o que se discutir”, afirmou. Os grevistas vão se reunir nesta sexta-feira, às 9h, na superintendência do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) para definir o impasse.
A funcionária pública Sara Menezes, que foi a agência da Caixa Econômica do Centro Histórico para pagar as contas, reclamou da paralisação.  “Não consegui atendimento, não dá para fazê-lo nos caixas eletrônicos. É um absurdo essa greve que indiretamente afeta a economia do país”, disse. Já metalúrgica Laura Ferreira Nascimento apoiou a paralisação. “Os bancos não devem funcionar sem segurança, se com segurança é um assalto atrás do outro, imagine como será sem. É até bom para preservar nossa integridade física, só lamento o atraso nos pagamentos”, disse.
A Federação Brasileira de Bancos (Febrabam) ressalta que, de acordo com a lei, os bancos contratam empresas de segurança que são responsáveis por manter os vigilantes nos postos de trabalho. Qualquer tipo de negociação é feita entre as empresas e os profissionais. A Febrabam diz ainda que o vigilante integra o plano de segurança bancária, regulado pela Lei Federal nº 7.102/83, do qual fazem parte ainda sistema de alarme e outros dispositivos mecânicos ou eletrônicos de segurança.

Por nota, o órgão informou que, as instituições financeiras desenvolverão todos os esforços para bem atender os usuários dos serviços bancários, pois o atendimento aos clientes feito com qualidade e segurança é preocupação central da Federação e seus bancos associados e que em casos como este, a Polícia Federal autoriza as agências bancárias a operarem sem numerário. No entanto, cada instituição tem a prerrogativa de optar por não abrir uma ou mais agências, caso avalie que tal escolha é a mais segura para seus clientes e funcionários.

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