FONTE: Agência Brasil, TRIBUNA DA BAHIA.
Atualmente, a vacina contra a
doença já é disponibilizada em meninos de 12 e 13 anos. Até 2016, o foco da
campanha eram as meninas.
O
Ministério da Saúde anunciou ontem (20) a ampliação na oferta de vacina contra
HPV para meninos de 11 a 15 anos incompletos (até 14 anos, 11 meses e 29 dias).
A medida tem o objetivo de aumentar a cobertura da vacina em adolescentes do
sexo masculino. Atualmente, a vacina contra a doença já é disponibilizada em
meninos de 12 e 13 anos. Até 2016, o foco da campanha eram as meninas.
Segundo
a pasta, a inclusão do novo grupo equivale a 3,3 milhões de adolescentes. A
meta para 2017 é vacinar 80% dos 7,1 milhões de meninos de 11 a 15 anos e das
4,3 milhões de meninas entre 9 e 15 anos. A inclusão dos meninos contribuirá
para o aumento da proteção de meninas.
“Nós
temos que cuidar da imunização das nossas crianças, porque as estatísticas e
estudos internacionais demonstram que, de fato, a vacina ajuda a reduzir os
casos de câncer [genital] nessas pessoas imunizadas. Então, é mobilizar a
sociedade e imunizar as pessoas”, disse o ministro da Saúde, Ricardo Barros.
A nova
oferta também incluirá a cobertura de homens e mulheres transplantados e
pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia. A medida inclui
ainda cerca de 200 mil crianças e jovens, de ambos os sexos, de 9 a 26 anos
vivendo com HIV/Aids.
Desde
2014, foram imunizadas 5,3 milhões de meninas de 9 a 15 anos com as duas doses
da vacina contra o vírus HPV. Esse total corresponde a 45,1% do total dessa
faixa etária.
Prevenção.
A
vacina contra o HPV contribui para redução da incidência do câncer de colo de
útero e vulva nas mulheres. A imunização também previne câncer de pênis, ânus,
verrugas genitais, boca e orofaringe.
Pesquisa
realizada nos Estados Unidos, onde há vacinação desde 2006, apontou redução de
88% da infecção oral por HPV. Estudo realizado com homens de 18 a 70 anos do
Brasil, México e Estados Unidos, aponta que os brasileiros têm mais infecção
por HPV que mexicanos e norte-americanos, com índices de 72% no Brasil, 62% no
México e 61% nos Estados Unidos. A pesquisa apontou ainda que a incidência de
câncer do pênis no país é três vezes maior que entre os norte-americanos.
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