Faro do labrador Choko ajudou
autoridades a apreender milhares de quilos de maconha, cocaína e outras drogas
em Medellín, na Colômbia; mas policiais temem por sua segurança.
Eles constantemente patrulham a
rodoviária e o aeroporto de Medellín, na Colômbia, sempre em busca de drogas.
Juntos, já apreenderam 5 mil quilos
de maconha, 1,5 mil quilos de cocaína, além de grande quantidade de heroína e
drogas sintéticas. São tidos como a dupla mais bem sucedida da polícia da
cidade.
E um deles, tem a cabeça a prêmio.
Trata-se de Choko, o cão, e principal ajudante do policial do departamento de
narcóticos William Marin.
O faro treinado do labrador já lhe
rendeu três condecorações.
"Ele é muito especial",
conta William, orgulhoso, ao programa Outlook, da BBC. "Nós
acabamos de fazer a 107ª prisão, e este cachorro trabalha todo dia. Ele tem
quase 7 anos, mas nunca fica cansado. Ele é cheio de energia e trabalha com a
mesma intensidade desde quando começou, como um filhote".
O trabalho é perigoso, ainda mais
depois que Choko começou a ficar famoso e passou a ser reconhecido pela
população nas ruas.
"Numa segunda-feira, estava na
rua a trabalho com Choko e um morador começou a acariciá-lo. Eu disse, 'por
favor, não faça isso, ele não gosta'", lembra William.
O homem então alertou o policial para
ter cuidado, contando em seguida que um chefe do tráfico local oferecia 2
milhões de pesos colombianos (US$ 660) pela captura do cachorro.
"Rapidamente, por medida de
segurança, tiramos Choko das ruas naquela área da cidade", diz William.
Outra ameaça chegou através de um
garoto num ônibus: "Ele primeiro me perguntou se ele era o Choko, eu disse
que sim, então ele contou que um chefe de outro cartel de drogas oferecia de 3
milhões de pesos colombianos (US$ 990) para quem o capturasse ou matasse".
Por isso, William está sempre alerta
- por exemplo, para os pedaços de comida que seu labrador recebe de estranhos,
que poderiam estar envenenados.
"Não estou com medo, mas tenho
que ser cauteloso", explica.
O cachorro vive no canil da polícia,
mas deve se aposentar daqui a três anos, quando completar seu décimo
aniversário. Depois de uma carreira bem-sucedida na detecção de drogas, ele
finalmente poderá se estabelecer com William e sua família.
"Choko é parte da minha família,
é como um filho", comenta o policial que é casado e tem dois filhos.
"Eles adoram Choko."
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