FONTE: *** Jairo Bouer (http://doutorjairo.blogosfera.uol.com.br).
Seis em cada 10 mães de crianças com
idades entre 0 e 5 anos dizem que já foram criticadas pela forma como cuidam,
educam ou alimentam seus filhos, mostra um levantamento feito nos Estados
Unidos com 475 mulheres. Essas alfinetadas geram mais resultados negativos do
que positivos, segundo pesquisadores da Universidade de Michigan, que
analisaram os resultados.
Os autores dão o exemplo de mulheres
famosas que já foram criticadas publicamente, como a atriz Reese Witherspoon,
que há alguns anos causou frenesi ao postar a foto de um prato com os doces de
canela que ofereceu no café da manhã para o filho de 2 anos. Ao contrário
dessas personalidades, a maioria das mães é atacada por gente da própria
família.
Do total de entrevistadas, 37%
disseram ter sido pressionadas pelos próprios pais. Em seguida, aparecem os
sogros ou os próprios maridos, apontados por 36% das mulheres. As cunhadas e
cunhados aparecem em terceiro lugar (31%). As mães ouvidas relataram ter se
incomodado bem menos com críticas recebidas de amigos, médicos, cuidadores ou
comentaristas de mídias sociais.
O tema mais frequente das “broncas”
recebidas pelas mães foi disciplina (70%), seguido de nutrição (52%), sono
(46%), amamentação x mamadeira (39%) e segurança (20%).
Os autores observam que o tema da
disciplina é especialmente propenso a gerar conflitos, já que envolve questões
culturais e visões que mudam ao longo das gerações. Informações sobre saúde e
segurança também costumam se modificar com o tempo, por isso é melhor que a
referência seja mesmo o pediatra.
Quarenta e dois por cento das mães afirmaram
que a crítica gerou insegurança, porém fez com que consultassem um especialista
para fundamentar as próprias escolhas, o que é positivo. E metade das
entrevistadas disse que passou a evitar o parente que exagerava nos “pitacos”.
Conselhos não solicitados podem ser
encarados como alfinetadas e só geram tensão, em vez de trazer algum benefício
para a mãe. Por isso os autores do estudo dão um recado para os parentes: se
quiser dar sua opinião, faça isso com empatia e encorajamento, não em tom de crítica.
Afinal, os conhecimentos mudam e ninguém sabe tudo.
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