segunda-feira, 24 de julho de 2017

BANCO DE OLHOS DA BAHIA QUER ACABAR COM A ESPERA POR CÓRNEA...

FONTE: TRIBUNA DA BAHIA.

Em junho deste ano foram realizados 76 transplantes, 100% a mais em relação ao mês de junho de 2016.



O Banco de Olhos da Bahia – entidade pública que, há mais de dez anos, funciona no andar térreo do Hospital Geral Roberto Santos (HGRS) – iniciou a campanha ‘Rumo à Fila Zero de Córnea’.
Desde o lançamento da ação, no final de abril, a média mensal de doações aumentou 60% e, em junho deste ano, foram realizados 76 transplantes, 100% a mais em relação ao mês de junho de 2016.
A ação – conforme explica a oftalmologista Márcia Feitosa de Souza, coordenadora do Banco de Olhos da Bahia – conta com a realização programática e continuada de atividades educativas na rede hospitalar, inclusive no interior do estado, para conscientização dos profissionais de saúde quanto à notificação de óbitos viáveis para doação de córnea: “além do apoio voluntário de artistas por meio de vídeos veiculados nas redes sociais para informar à sociedade a importância da doação de córneas”.
Já participaram os cantores Katê (madrinha da campanha), Adelmo Casé e Felipe Pezzoni (Banda Eva), os integrantes das bandas Batifun e Pra Casar e os apresentadores José Medrado e Tarsilla Alvarindo.
O Banco de Olhos da Bahia, em Salvador, é o responsável por receber as doações de córneas autorizadas por familiares de doadores falecidos.
As córneas doadas, vindas de todo o Estado, são processadas e armazenadas no local até que a Central de Transplantes do Estado da Bahia autorize a liberação para pacientes inscritos na lista única de transplante.
“Em 2016, tivemos 332 doadores de córnea na Bahia e, atualmente, estão inscritos 1030 pacientes que aguardam por uma córnea. Zerar a fila é um ganho imensurável para a sociedade, pois os problemas na córnea com indicação de transplante geralmente acometem o indivíduo na sua fase produtiva. Isso significa que, muitas vezes, ele fica impedido de realizar suas atividades laborais. São pessoas que têm suas vidas interrompidas e o transplante de córnea é a única forma de tratamento”, lembra Márcia de Souza.
A equipe do Banco de Olhos da Bahia estará em Jequié nos dias 27 e 28 de julho para mais um Encontro de Unidades Notificantes de Possíveis Doadores de Córnea.
Em julho foram realizados encontros no Hospital Ernesto Simões Filho, no Hospital do Subúrbio e no Hospital Calixto Midlej Filho (Itabuna), onde aconteceu o Curso de Entrevista Familiar para Doação de Córneas e Curso para Formação de Captadores de Tecido Ocular Humano. A programação até o final do ano já está fechada, mas a campanha segue até dezembro de 2018.
A córnea é a primeira lente dos olhos. É como o vidro de um relógio à frente da parte colorida dos olhos, que é a íris. É transparente por não possuir vasos sanguíneos.
O transplante de córnea é uma cirurgia em que a córnea alterada é removida e substituída pela córnea normal do doador.  A retirada do globo ocular é realizada com técnica que não deixa vestígios, ou seja, a doação não modifica a aparência do doador. Na Bahia, cerca de 90% dos transplantes são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Em caso de úlcera de córnea perfurada, pode haver necessidade de transplante em caráter de urgência. Traumas causados por objetos pontiagudos, queimaduras por produtos químicos e outras lesões podem colocar qualquer pessoa na fila do transplante a qualquer momento. Muitas pessoas já estão na fila devido a doenças como ceratocone e leucoma.
A fila do transplante de córnea é gerenciada pelo Ministério da Saúde.
Qualquer um entre dois e 70 anos pode ser doador de córnea. Apenas a família pode autorizar a doação, que é feita em até seis horas após a parada do coração ou, se o corpo do doador for mantido refrigerado, em 12 horas.

Mais informações podem ser obtidas pelo Disque-Transplantes: 0800 284 0444.

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