Desigualdade de
atividades.
O estudo foi
publicado na prestigiada revista científica Nature, e seus autores
dizem que os resultados dão insights importantes para melhorar a saúde das
pessoas.
O número médio de
passos em um país parece ser menos importante para os níveis de obesidade, por
exemplo.
O ingrediente
principal para descobrir isso foi o índice de "desigualdade de atividade"
- a diferença entre os mais ativos e os mais preguiçosos.
Quanto maior a
desigualdade de atividade, maiores as taxas de obesidade.
"Por exemplo, a
Suécia tem uma das menores desigualdades entre os ricos e os pobres em
atividades e também uma das menores taxas de obesidade", diz Tim Althoff,
um dos pesquisadores.
Os Estados Unidos e o
México têm uma média parecida de passos, mas os americanos têm uma desigualdade
de atividade e níveis de obesidade maiores.
Os pesquisadores
também descobriram que a desigualdade de atividade também é influenciada pelas
diferenças entre homens e mulheres.
Em países como Japão
- com índices baixos de desigualdade e de obesidade - homens e mulheres faziam
exercício em níveis parecidos.
Mas em países com
desigualdade alta, como Estados Unidos e Arábia Saudita, as mulheres passavam
menos tempo ativas.
"Quando a
desigualdade de atividade é maior, a atividade das mulheres é muito mais
reduzida que a dos homens e, portanto, as consequências negativas da obesidade
podem afetar mais as mulheres.".
A equipe de Stanford
diz que as descobertas podem ajudar a explicar padrões mundiais de obesidade e
dar novas ideias sobre como lidar com o problema.
Por exemplo, eles
avaliaram 69 cidades americanas em relação a facilidade para se locomover a pé.
Os dados dos
smartphones indicaram que cidades como Nova York e São Francisco eram mais
amigáveis para pedestres e tinham uma taxa alta de "caminhabilidade".
Enquanto isso, em locais como Houston e Memphis, há "baixa
caminhabilidade", o que leva as pessoas a precisarem de um carro para se
locomover.
Previsivelmente,
caminha-se mais em lugares onde é mais fácil andar.
Os pesquisadores
dizem que isso pode ajudar a organizar as cidades para promover uma atividade
física maior.
Nenhum comentário:
Postar um comentário