FONTE: Matheus Fortes, (http://www.ejornais.com.br).
O
consumidor que escolhe tomar um café da manhã reforçado nas panificadoras da
cidade pode chegar a gastar uma média de R$ 10 a R$ 15,00.
Levantar
mais tarde e fazer a primeira refeição do dia fora de casa está virando um
hábito mais raro na vida dos baianos. Ao menos, é isso o que sentem aqueles que
trabalham no ramo das panificações pela capital, ao notarem como caiu o
movimento de clientes que costumam tomar o café da manhã fora de casa, um fator
que vem junto com o aumento constante das contas para manter o empreendimento.
Atualmente,
o consumidor que escolhe tomar um café da manhã reforçado nas panificadoras da
cidade pode chegar a gastar uma média de R$ 10 a R$ 15, se optar por tomar um
suco ou um café com leite junto a um prato de raízes (aipim, inhame, batata
doce). Se a pessoa contenta-se com um copo de 200 ml de café com leite e um pão
com queijo ou um misto, ainda assim, acaba desembolsando pelo menos R$ 5.
A
consequência disso é a crise nos estabelecimentos gastronômicos. De acordo com
a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes – seccional Bahia (Abrasel-BA),
mais de mil bares e restaurantes fecharam as portas entre janeiro e março deste
ano.
E as
panificações também sentem isso. Na Bella Vitória, que fica na Rua Direita da
Piedade, no centro de Salvador, um café médio sai por R$ 2. O misto está por R$
3,70, e o pão com queijo R$ 4,20. O buffet do café da manhã, que possui itens
diversos entre ovos, cuscuz, aipim, inhame, batata doce e banana da terra, custa
R$ 3,19 a cada 100g. Um prato de aipim, por exemplo, pode ser pedido à parte
por R$ 10.
“O gasto
com energia, chega a R$ 8.500”, explica o proprietário. Mesmo com a queda,
Nilson explica que fez modificações, demitiu 13 funcionários, e vem se
ajustando aos novos tempos, enquanto a recessão não passa. O forte do seu
estabelecimento continua sendo o pão e lanche. Aproximadamente, 300 pessoas
fazem alguma refeição no local durante o dia.
Nas
panificações de bairro, a queda também é sentida. A El Pan, em Brotas, por
exemplo, chegou a reduzir o preço do buffet, que era de R$ 26,90 para R$ 19,90.
O resultado, ainda assim não tem sido satisfatório, e segundo a recepcionista
Cirleide Santos, os donos já cogitam fechar o espaço de alimentação do buffet,
visto que o movimento caiu pela metade, principalmente em 2017, e manter apenas
o balcão de lanches.
Alta.
Uma
pesquisa realizada pela Associação Paulista de Supermercados (Apas), através do
Índice de Preços nos Supermercados (IPS/APAS/FIPE), concluiu que o pão com
manteiga e o café com leite, itens típicos de café da manhã , ficaram mais
caros este ano.
A alta que
mais surpreendeu a entidade foi o preço do café, que encareceu 14,58% apenas
este ano. A variação em 12 meses ficou com uma alta de 26,44%. O leite longa
vida registrou elevação de 6,55%.
De acordo
com a Apas, a alta no preço do leite impactou diretamente nos derivados, sendo
eles a manteiga, que subiu 7,86%, ao longo deste ano e chegou a 19,80% nos
últimos 12 meses. Quanto ao pão francês, a alta foi de 0,43% em 2017, e de
4,45% nos últimos 12 meses.
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