segunda-feira, 18 de setembro de 2017

GALÍCIA ESTÁ EM CRISE A CAMINHO DA EXTINÇÃO...

FONTE: *** Tribuna da Bahia, Salvador,( http://www.tribunadabahia.com.br).

O time infantil do Galícia que vinha treinando, venceu o amistoso contra a Academia FG, por 1 a 0, está fora do Baiano, e terá que ser desmantelado.


O ano de 2017 será para ser esquecido pelo torcedor do Galícia, que em campo realizou a pior campanha de uma equipe no Campeonato Baiano desde 1907, com apenas um ponto ganho em 30 disputados. O tradicional “Demolidor de Campeões” foi à lona, acumulou goleadas e humilhações, inclusive na Divisão de Base, com o Sub-20 com seis derrotas em oito jogos. 
Os péssimos números dentro de campo, foram consequências dos vexames fora dos gramados. O Galícia foi o último time a iniciar a pré-temporada, contou com um elenco, inicialmente “inchado” com mais de 40 jogadores, e logo depois esvaziado com somente 14 atletas. Em três meses de campeonato foram três treinadores, dois diretores de futebol, agressões físicas entre membros de comissão técnica e jogadores e completa falta de estrutura aonde até alimentação faltou em determinada ocasião.
Este triste cenário foi consequência de uma grande batalha política vivida no clube iniciada com o impedimento do presidente Dario Rêgo em 31 de outubro de 2016, não por acaso o dia das bruxas, antevéspera do dia de finados. O grupo que removeu Dario Rêgo da presidência rapidamente elegeu Manolo Muiños como seu sucessor, quem capitaneou o trágico ano do clube. 
Inconformado com seu afastamento, Dario Rêgo entrou na justiça e obteve êxito em junho, ganhando o direito de retornar ao cargo de presidente. Mas grupo liderado por Manolo Muiños convocou às pressas uma assembleia para remover Dario do quadro de conselheiro para assim impedi-lo de retornar ao cargo. A tentativa fracassou e a justiça anulou tanto sua expulsão do conselho como seu impeachment e até a eleição de Manolo Muiños. 
Assim que reassumiu o cargo Dario Rêgo tomou ciência de que Manolo Muiños havia inscrito o Galícia no Baiano Infantil, Juvenil e Feminino, mesmo sem previsão de receita, sem ter pago as taxas de inscrições na Federação Bahiana de Futebol. Dario Rêgo optou por desistir oficialmente da disputa das três competições livrando o clube de um custo de mais de R$ 80 mil com estas competições. 
Assim, a FBF também chega a cinco competições organizadas em 2017 com participantes desistentes antes mesmo de seu início: Ypiranga na Série B, Casa Nova no Intermunicipal e o Galícia no infantil, juvenil e feminino. A 5ª Federação que mais arrecada no Brasil vê seus clubes morrerem de inanição diante de sua própria inércia.

*** Por Daniel Dalence, Graduado em Administração com Habilitação em Marketing.

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