O
time infantil do Galícia que vinha treinando, venceu o amistoso contra a
Academia FG, por 1 a 0, está fora do Baiano, e terá que ser desmantelado.
O ano de
2017 será para ser esquecido pelo torcedor do Galícia, que em campo realizou a
pior campanha de uma equipe no Campeonato Baiano desde 1907, com apenas um
ponto ganho em 30 disputados. O tradicional “Demolidor de Campeões” foi à lona,
acumulou goleadas e humilhações, inclusive na Divisão de Base, com o Sub-20 com
seis derrotas em oito jogos.
Os
péssimos números dentro de campo, foram consequências dos vexames fora dos
gramados. O Galícia foi o último time a iniciar a pré-temporada, contou com um
elenco, inicialmente “inchado” com mais de 40 jogadores, e logo depois
esvaziado com somente 14 atletas. Em três meses de campeonato foram três
treinadores, dois diretores de futebol, agressões físicas entre membros de
comissão técnica e jogadores e completa falta de estrutura aonde até
alimentação faltou em determinada ocasião.
Este
triste cenário foi consequência de uma grande batalha política vivida no clube
iniciada com o impedimento do presidente Dario Rêgo em 31 de outubro de 2016,
não por acaso o dia das bruxas, antevéspera do dia de finados. O grupo que
removeu Dario Rêgo da presidência rapidamente elegeu Manolo Muiños como seu
sucessor, quem capitaneou o trágico ano do clube.
Inconformado
com seu afastamento, Dario Rêgo entrou na justiça e obteve êxito em junho,
ganhando o direito de retornar ao cargo de presidente. Mas grupo liderado por
Manolo Muiños convocou às pressas uma assembleia para remover Dario do quadro
de conselheiro para assim impedi-lo de retornar ao cargo. A tentativa fracassou
e a justiça anulou tanto sua expulsão do conselho como seu impeachment e até a
eleição de Manolo Muiños.
Assim que
reassumiu o cargo Dario Rêgo tomou ciência de que Manolo Muiños havia inscrito
o Galícia no Baiano Infantil, Juvenil e Feminino, mesmo sem previsão de
receita, sem ter pago as taxas de inscrições na Federação Bahiana de Futebol.
Dario Rêgo optou por desistir oficialmente da disputa das três competições
livrando o clube de um custo de mais de R$ 80 mil com estas competições.
Assim, a
FBF também chega a cinco competições organizadas em 2017 com participantes
desistentes antes mesmo de seu início: Ypiranga na Série B, Casa Nova no
Intermunicipal e o Galícia no infantil, juvenil e feminino. A 5ª Federação que
mais arrecada no Brasil vê seus clubes morrerem de inanição diante de sua
própria inércia.
*** Por Daniel Dalence, Graduado em Administração com
Habilitação em Marketing.
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