Somos levemente mais altos quando
acordamos pela manhã, a diferença de medida do início do dia ao final pode
chegar a pouco mais de um centímetro.
Durante o dia, a força da gravidade e
uma leve desidratação das cartilagens do joelho e, principalmente, da coluna,
reduzem nosso tamanho. Quando voltamos para a cama, o corpo se reorganiza e
volta à sua organização ideal.
A coluna vertebral é formada por 33
vértebras justapostas, separadas uma das outras pelos discos intervertebrais.
Compostos de material fibroso e gelatinoso, eles têm um papel importante na
mobilidade: são os responsáveis por amortecer o impacto entre as vértebras e
por facilitar o movimento do corpo.
Pessoas com problemas nessas
estruturas (fragmentação ou aparecimento de hérnias) podem ter perda da
flexibilidade da coluna, dores e até fraqueza na região.
Pela manhã, depois de uma boa noite
de sono, as vértebras e os discos estão todos em estado ótimo e bem
organizados.
Com o passar do dia, no entanto, é
muito comum que o corpo perca água pela transpiração e também pela urina. Com
menos líquido circulando pelo organismo, os discos também desidratam levemente.
Sempre a gravidade.
Além disso, existe a força
gravitacional que ajuda a comprimir as estruturas moles do corpo.
Outro ponto que pode colaborar com a
perda de altura é a tensão da musculatura da coluna. Quando estamos deitados e
dormindo, elas tendem a ficar mais relaxadas e melhor acomodadas. Má postura e
o estresse do dia podem tensionar o local e deixar a pessoa mais baixa.
"Mas essas mudanças todas são
muito insignificantes, quase imperceptíveis", pondera o ortopedista Sérgio
Rocha Piedade, professor da Faculdade de Medicina da Unicamp (Universidade
Estadual de Campinas). "O encolher mais importante é aquele que ocorre com
o passar dos anos", comenta.
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