FONTE: *** Claudia Dias, Colaboração para o UOL, (http://estilo.uol.com.br).
Sexo combina muito bem com altas temperaturas.
Com o verão (já) dando as caras, a libido vai lá em cima e algumas fantasias
tornam-se muito mais convidativas, como as experiências
na água. E aí, minha gente, mar, piscina, rio, banheira, cachoeira e mesmo
o chuveiro se transformam em convites interessantíssimos para dar uma
chacoalhada na rotina sexual. Mas como a prática não é algo tão natural e
frequente, é óbvio que surgem dúvidas. Buscamos respostas para algumas delas.
Sexo na água é muito mais prazeroso?
Há quem ame, mas também tem muita gente que se
decepciona ao colocar a fantasia em prática. A água remete ao romance aliado à
ousadia, exaltando as emoções e as sensações do corpo. Mas do ponto de vista
fisiológico, o contato da água com as genitais não favorece muito a penetração.
Pode doer?
Transar na água pode ser muito excitante e
prazeroso, principalmente as preliminares, incluindo estimulação, sedução e o
próprio fetiche da cena. Mas em alguns casos o atrito com o pênis pode causar
uma experiência dolorosa.
A lubrificação da mulher diminui?
Sim, costuma acontecer -- mas não é regra
absoluta.
Usar lubrificante facilita o sexo na
água?
É muito recomendado recorrer a um lubrificante à
base de silicone, que não é solúvel na água, tem maior durabilidade e pode ser
usado com preservativo. O único porém é que algumas pessoas têm alergia ao
silicone. Lubrificantes à base de água ou de óleo não são recomendados.
E o preservativo: o que fazer?
Preservativo e água não costumam ser a dupla mais
perfeita mas, sem dúvida, seu uso é indispensável para prevenir doenças e
evitar gravidez. A orientação principal é colocar o preservativo antes de
entrar na água.
A camisinha pode estourar?
O uso da camisinha dentro da água, se feito
corretamente, traz as mesmas garantias que teria fora do ambiente líquido. Por
isso é importante colocar o preservativo antes, para que haja aderência
correta. Outra questão: a água pode facilitar que o preservativo
"escorregue" do pênis. Além disso, o cloro da piscina e o sal da água
do mar prejudicam o látex da camisinha, acelerando o desgaste e diminuindo a
durabilidade. Então melhor ter um preservativo reserva com fácil acesso, pois
as chances de rasgar ou furar são grandes. Além disso, é bom optar por
movimentos suaves para preservar a integridade e fixação do preservativo.
Entra água?
Por causa do bombeamento, a água pode ser levada
para o canal vaginal, passando pelo útero, até chegar às trompas,
possibilitando inflamação. Se isso acontecer, a mulher tende a sentir dor logo
após ou alguns dias depois da relação na água -- é bom procurar um
ginecologista.
Se transar no mar, a água salgada faz
arder?
A água do mar, por si só, não provoca ardência na
região genital feminina. Porém, logo após uma relação sexual, pela formação
natural de fissuras bem pequenas, quase invisíveis, é possível sentir ardência.
Para minimizar o desconforto, indica-se o uso de sabonete íntimo adequado,
prevenindo problemas futuros. Importante: depois da relação, não fique muito
tempo com o mesmo biquíni molhado para não causar inflamação ou infecção.
Transar na banheira ou na piscina do
motel oferece risco à saúde?
Sim. A rotatividade de pessoas e a incerteza
sobre a higienização completa do ambiente, com possível presença de fungos e
bactérias, podem aumentar o risco de infecções.
É fetiche que atiça mais homens ou
mulheres?
A ameaça de ser flagrado ao transar na praia e em
piscinas costuma excitar tanto homens como mulheres. O risco de transar em
público atrai bastante a turma masculina. As mulheres tendem a preferir
banheiras e chuveiros.
*** FONTES: Flavia Tarabini,
ginecologista da clínica Dr. André Braz; Gislene Teixeira, pós- graduanda em
Sexologia; Márcia Regina Sando, sexóloga e psicoterapeuta; Patrícia Varella,
ginecologista parceira da Vagisil; Poema Ribeiro, sexóloga e psicoterapeuta;
Priscila Junqueira, sexóloga e psicóloga; Sirleide Stinguel, sexóloga; Virginia
Gaia, sexóloga.
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