sexta-feira, 29 de dezembro de 2017

FICAR DE BOBEIRA VENDO A VIDA DOS OUTROS NO FACEBOOK FAZ MAL, DIZ ESTUDO...

FONTE: Colaboração para o UOL, http://tecnologia.uol.com.br



Passar bastante tempo usando redes sociais é bom ou ruim? Esta é uma pergunta que vários especialistas já fizeram, e o Facebook, que é parte interessada no assunto, resolveu consultar a comunidade acadêmica norte-americana para responder a esse questionamento. De modo geral, a conclusão dos vários estudos é que depende de como as pessoas utilizam.

Quando faz mal?

O exemplo dado pelo Facebook sobre o tema é que o uso de redes sociais faz mal quando o usuário simplesmente consome informação de forma passiva - ou seja, fica rolando pelas páginas, sem falar com as pessoas ou interagindo. Foi constatado que nesses casos os usuários se sentem mal após navegar pela rede.

De acordo com um estudo da Universidade de Michigan, estudantes relataram piora no humor no fim do dia após navegarem por 10 minutos sem postar ou conversar com amigos no Facebook, quando comparado com outros que interagiram bastante com contatos da rede.

Um outro levantamento, este feito por pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Diego e Yale, constatou que usuários que clicam quatro vezes mais em links nas redes sociais que a média das pessoas, e que curtiram duas vezes mais posts que a média, apresentaram saúde mental inferior.

Uma das hipóteses é que ler sobre os outros na internet pode levar a uma comparação negativa social - as pessoas tendem a se achar pior que as outras.

É importante levar em consideração que a maioria das pessoas online compartilha apenas aspectos positivos da vida (como viagens, aniversários, conquistas, etc). Diferente da vida offline, em que as pessoas "editam" menos o que querem expor.

Quando faz bem?

As redes sociais podem fazer bem às pessoas quando elas interagem com pessoas próximas, seja postando, comentando ou enviando mensagens. Esse tipo de contato, segundo estudos citados pelo Facebook, está ligado à melhoria do bem-estar dos usuários.

Um estudo conduzido na Carnegie Mellon University concluiu que pessoas que compartilhavam ou enviavam mensagens e comentários apresentaram melhoria relacionada à depressão e solidão.

Em outra pesquisa, conduzida pela Cornell, estudantes universitários sob situação de estresse foram convidados a navegar por perfis de usuários por 5 minutos. No fim do experimento, foi constatado que os que viram seus próprios perfis tiveram um aumento no sentimento de autoafirmação.

O que o Facebook quer com isso?

A rede diz que quer se tornar mais uma ferramenta de interações sociais do que um local para as pessoas passarem tempo. Por causa disso, a empresa diz que está investindo em melhorar o feed de notícias, como a adoção do Snooze, que permite "calar" um amigo ou uma página por até 30 dias, e a redução de engajamento de páginas que forçam interações - como "curta se você fez isso quando criança".


O Facebook, citando estudos relevantes, diz que as interações sociais com pessoas próximas tornam a vida delas melhor. Talvez valha tomar o conselho da rede social de forma mais literal, e tentar interagir mais pessoalmente com amigos e entes queridos - e, de preferência, com o smartphone de lado.

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