segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

DORMIR BEM EMAGRECE E ALISA A PELE...


FONTE: Thaís Cavalheiro (colaboradora),https://boaforma.abril.com.br


Acha pouco? Pois saiba que uma boa noite de sono também turbina o sexo e favorece o tônus muscular, além de dar o maior pique. Então, já para a cama!


“Longe de ser desperdício de tempo, dormir é essencial para recuperar parte da energia gasta durante o dia e se manter saudável”, diz Silvio de Araújo Fernandes, fisioterapeuta com especialização em ritmos biológicos do Cemsa – Centro de Estudo Multidisciplinar em Sonolência e Acidentes, em São Paulo. Noites seguidas de sono insuficiente provocam uma série de alterações no organismo e, consequentemente, efeitos nada desejados. 

Confira:

Quilos a mais.
As razões do ganho de peso são hormonais. Enquanto você dorme, sua produção de leptina, hormônio da saciedade, aumenta, enquanto a de grelina, responsável pela fome, diminui. Poucas horas sob os lençóis inverte essa gangorra. Essa desregulagem não necessariamente vai aumentar o apetite, mas com certeza diminuirá o ritmo do metabolismo, e você fica com menor queima calórica e maior armazenamento de gordura.

Quem dorme pouco também produz mais cortisol, o hormônio doe stresse, responsável pela resistência à insulina – outro fator que leva ao ganho de peso e ao diabetes tipo 2. Dormir bem, ao contrário, faz aumentar a produção de serotonina, neurotransmissor que provoca sensações agradáveis, além de contribuir para diminuir a vontade de comer doces. Enquanto dormimos, o cérebro também ordena a produção do hormônio do crescimento, o GH, que acelera o metabolismo, ajuda a evitar o acúmulo de gordura, freia a ação do tempo sobre as nossas células e age a favor da massa magra.

Somar anos ao semblante.
“Para além das olheiras e do aspecto cansado, a adrenalina, outro hormônio do stress, induz à compressão dos vasos sanguíneos periféricos que irrigam a epiderme, diminuindo a circulação do sangue no rosto e deixando a pele sem viço”, fala Dalva Poyares, neurologista do Instituto do Sono, em São Paulo, e professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

Durante o repouso, o organismo combate com mais facilidade dos radicais livres, que podem causar envelhecimento precoce e até mesmo tumores. É que a escuridão leva à produção da melatonina, o hormônio que, além de induzir o sono, é um poderoso antioxidante.

Aumentar o risco de doenças.
Sem o descanso noturno, o corpo libera menor quantidade de interleucinas, substâncias que agem contra vírus e bactérias. Também pode desencadear depressão e, segundo o Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos, alguns tipos de tumor.

Diminuir a libido.
O estresse prolongado por déficit de sono interfere até mesmo na disposição para o sexo. Se o sono não é reparador, o corpo sofre uma descarga considerável de cortisol e adrenalina, hormônios diretamente ligados à sensação de cansaço. Segundo um estudo da Fundação Nacional do Sono, nos Estados Unidos, dormir pouco pode, ainda, diminuir a intensidade do orgasmo. Especialistas em sono, aliás, são unânimes: a cama é lugar para dormir e para transar.

O sexo é um tranquilizante natural. Ao atingir o clímax, saem de cena os hormônios do estresse para dar lugar às relaxantes endorfinas, que fazem o cérebro e o organismo funcionarem melhor, interferindo diretamente na qualidade do sono. De quebra, essas substâncias têm ação analgésica e aumentam a tolerância às dores de um modo geral, incluindo as musculares pós-exercício.

Antes que seja tarde.

Prolongar as noites mal dormidas desencadeia outro distúrbio: insônia. Isso porque seu organismo pode estranhar quando você resolver retomar o padrão normal de sono, com hora certa para dormir e acordar. Ela pode ser transitória (ou aguda) – um transtorno que é pontual -, mas existe o risco da insônia transitória se tornar crônica – um quadro mais grave e persistente.

Mulheres em claro.
As mulheres, provavelmente por razões hormonais, são as mais afetadas pela insônia crônica. Sofre desse mal quem não dorme bem três vezes por semana por mais de três meses, segundo Rosa Hasan. “As madrugadas em claro podem ser sintomas de alguma doença psíquica, de ansiedade a depressão, ou física como problemas renais que obrigam a várias idas ao banheiro.” Entre os insones crônicos, encaixam-se tanto os que têm dificuldade de pregar os olhos como os que sofrem de despertar precoce.

Aprenda a dormir melhor.


  • Deixe o quarto totalmente escuro (sem luz indireta da tevê ou do computador) para estimular a secreção da melatonina, o hormônio do sono. A temperatura ambiente também deve estar agradável e as roupas adequadas para que você não sinta frio ou calor.
  • Crie uma rotina de relaxamento antes de ir para a cama. O que funciona: banho quente, meditação, música suave, leitura e pensamentos agradáveis (mentalize um cenário paradisíaco, um encontro romântico e o que mais lhe der prazer para liberar a relaxante serotonina).
  • Jante três horas antes de ir para a cama, evitando comidas calóricas. Assim, a digestão fica mais fácil.
  • Fumo, café e álcool são estimulantes do sistema nervoso central. Abstenha-se pelo menos três horas antes de ir para a cama.
  • Beba água para não ter sede no meio da noite, mas em pequena quantidade. Do contrário, terá de interromper o sono para ir ao banheiro.
  • Não faça atividade física no final da tarde. Para chamar o sono, o corpo precisa esfriar.
  • Faça sexo. Esse é o único exercício liberado imediatamente antes da hora de dormir. O orgasmo também produz endorfinas e induz o sono.
  • Não use medicamentos contra insônia sem indicação médica. Eles podem ter efeito bumerangue e piorar a qualidade do sono. No dia seguinte, você terá a sensação de uma leve embriaguez, correndo o risco de acidentes.

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