FONTE: Larissa Leiros Baroni, Do UOL, em São Paulo, http://noticias.uol.com.br
No Brasil, cerca de 72%
da população sofre de doenças relacionadas ao sono, segundo um estudo da Royal
Philips, divulgado na sexta-feira (16), data em que se comemora o Dia Mundial
do Sono. Na América Latina, o índice é de 75% --inflado pelos mexicanos (88%) e
colombianos (75%), mas amenizado pelos argentinos (64%).
Como explica Alina
Asiminei, líder de mercado para Cuidados Respiratórios e Sono na Philips
América Latina, os distúrbios do sono são alterações nos padrões ou nos hábitos
de dormir e incluem a insônia [dificuldade prolongada e anormal para
adormecer], o ronco, a apneia [quando a respiração para e volta diversas vezes
durante o sono], a narcolepsia [sono súbito e incontrolável] e a síndrome das
pernas inquietas.
"Entre os
brasileiros, o mais comum é a insônia, seguida da apneia", destaca
Asiminei, que ressalta que cerca de 73 milhões de brasileiros têm dificuldades
para dormir. E o que tem tirado o sono dos brasileiros, de acordo com a
pesquisa, são as preocupações financeiras, o uso das tecnologias antes de ir
para cama e as preocupações relacionadas ao trabalho.
"Os números são
preocupantes e revelam à falta de tratamentos adequados às doenças do
sono", declarou Asiminei. "Sempre há uma maneira de melhorar o
sono", enfatiza a especialista, que diz que o ronco, o cansaço contínuo e
a constante falta de concentração podem ser importantes alertas e indícios de
que é hora de buscar um médico.
Apesar
de reconhecer a importância, não priorizamos o sono.
O estudo aponta ainda
que mais da metade dos brasileiros (68%) reconhecem o impacto do sono sobre a
saúde e o bem-estar. "Pena que pouco fazem para priorizá-lo", afirma
a representante da Philips, ao destacar o baixo número de pessoas que obedecem
a um horário fixo para ir para a cama ou que dormem a quantidade recomendada
(de 7 a 9 horas por dia).
Os latino-americanos
dormem em média 6,9 horas por dia. E, no Brasil, por exemplo, apenas 44% dos
entrevistados têm um horário estabelecido para dormir e sentem mais culpa se
não praticarem exercícios (59%) do que se não dormirem bem.
Efeitos de uma noite
mal dormida.
O cansaço (56%), a
falta de concentração (45%) e dores físicas como dor de cabeça, pescoço e
cólicas (43%) foram algumas das principais consequências de uma noite mal
dormida. "Assim como uma boa alimentação, o sono de qualidade é
fundamental para um estilo de vida saudável", afirma Asiminei.
De acordo com a
pesquisa, o sono de má qualidade está relacionado à propensão ao
desenvolvimento de doenças crônicas [hipertensão ou problemas cardíacos], aos
efeitos sobre a saúde mental [depressão e ansiedade], ao aumento de acidentes
de trânsitos e à limitação no desempenho físico e na capacidade cognitiva.
O estudo da Royal
Philips foi realizado com 15 mil pessoas maiores de 18 anos de 13 países
distintos, sendo 4 deles da América Latina (Argentina, Brasil, Colômbia e
México). As entrevistas foram realizadas entre 1º e 13 de fevereiro de 2018.
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