Além de trazer
benefícios para o cérebro
e para a saúde
das mulheres, consumir peixe duas vezes por semana
também ajuda a reduzir o risco de insuficiência cardíaca, doença
coronariana, parada cardíaca e AVC. A recomendação é resultado de um estudo
publicado no periódico Circulation, da Associação Americana do Coração,
na quinta-feira (17).
"Estudos
científicos mostraram os efeitos benéficos de comer frutos do mar ricos em
ácidos graxos ômega-3, especialmente quando o indivíduo usa esses peixes para
substituir alimentos menos saudáveis, como carnes com alto teor de gordura
saturada, um perigo para as artérias", afirma Eric B. Rimm, professor de
epidemiologia e nutrição da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.
A pesquisa recomenda
comer duas porções de 99 gramas de peixe não frito, ou cerca de ¾ de
xícara, por semana. Eles enfatizam a ingestão de peixes oleosos como
salmão, cavala, arenque, truta, sardinha ou atum, todos ricos em ácidos graxos
ômega-3.
Presença de mercúrio e
suplemento de óleo de peixe.
No comunicado, os
pesquisadores também revisaram estudos sobre a quantidade de mercúrio presente
nos peixes. O mercúrio é encontrado na maioria dos frutos do mar, mas é
predominante em peixes grandes, como tubarão, peixe-espada, cavala, atum e
marlim.
O grupo de cientistas
concluiu que, embora a contaminação por mercúrio possa estar associada a sérios
problemas neurológicos em recém-nascidos, a pesquisa científica existente
constata que ela não tem efeitos adversos no risco de doenças cardíacas em
adultos, e os benefícios de comer peixe superam substancialmente os riscos
associados à contaminação, especialmente se uma variedade de frutos do mar
é consumida.
Além disso, também foi
analisada a relação entre problemas no coração e o consumo de suplementos de
óleo de peixe. A conclusão foi que essas pílulas não são recomendadas para o
público em geral para prevenir doenças cardiovasculares clínicas, devido à
falta de evidências científicas sobre qualquer efeito sobre o risco de doenças
no coração.
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