Foi preso neste sábado (19) o soldado da Polícia
Militar Diogo Coelho Costa, ex-marido da estudante de direito Andriele
Gonçalves da Silva, de 22 anos. Ele estava internado num hospital de
psiquiatria, onde foi detido e levado à Delegacia do Alto Maracanã, em Colombo,
Região Metropolitana de Curitiba (RMC). A jovem continua desaparecida desde
o dia 8 de maio e o policial é apontado pela Polícia Civil como principal
suspeito do sumiço.
O soldado foi preso por duas equipes da própria Polícia Militar (PM), em
cumprimento de um mandado de prisão temporária. Conforme apurou
a Tribuna do Paraná, a validade do período da prisão de Diogo é de
30 dias, mas pode ser prorrogada se houver necessidade ou ainda convertida em
prisão preventiva.
Ao ser detido, no Hospital Bom Retiro, onde estava internado desde a
semana retrasada, o policial foi encaminhado à delegacia, onde foi ouvido por
aproximadamente duas horas. Durante o interrogatório, Diogo não quis
falar nada e também não apontou onde poderia estar Andriele.
Depois de ser ouvido na delegacia, o PM passou por exames necessários
no Instituto Médico-Legal de Curitiba (IML). Por ser policial,
Diogo fica detido num quartel da corporação, mas a Polícia Militar não informou
para onde vai.
Investigações.
O misterioso desaparecimento da estudante intriga
familiares e ganhou grande repercussão, principalmente nas redes sociais. Ela
sumiu no bairro Alto Maracanã, em Colombo, onde mora, e a polícia
acredita que o policial e ex-marido da moça, possa estar envolvido no caso.
Familiares contaram à Tribuna do Paraná que Andriele desapareceu depois
de desligar uma chamada de vídeo em que conversava com um amigo. O
próprio rapaz disse aos pais da jovem que percebeu uma movimentação estranha na
casa da moça e disse que ela fez “cara de pânico” antes da ligação cair.
Horas depois, o amigo recebeu uma mensagem da moça dizendo que não queria mais
contato.
Desde o sumiço, a polícia da cidade começou a investigar
e descobriu alguns fortes elementos que,
apesar de não divulgados ainda, colocaram as atenções voltadas ao policial
militar. A família alega que o rapaz não aceitava o fim do
relacionamento. Além de todo o material coletado pelos investigadores, como
imagens de câmeras de segurança, sangue também teria
sido encontrado no banco traseiro do carro do PM, um Fiat
Marea, que foi apreendido.
Afastamento da PM.
Em nota, a Polícia Militar além de confirmar a prisão, também informou
que Diogo Coelho Costa foi afastado das atividades desde o
começo das investigações. Segundo a PM, o batalhão do qual o PM fazia parte
soube das suspeitas em relação a ele somente após o internamento no hospital
psiquiátrico.
A corporação reforçou que as investigações continuam e
que o soldado vai ser mantido num quartel, como é previsto. A
Polícia Civil informou que deve se posicionar oficialmente somente na
segunda-feira (21), em coletiva de imprensa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário